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Vendas e Preços

Falta de componentes e microchips pode piorar

A disponibilidade de semicondutores e outros componentes melhorou um pouco ultimamente, mas corre risco de sofrer uma grande escassez novamente

Fábrica Stellantis em Goiana (PE) [divulgação]
Fábrica Stellantis em Goiana (PE) [divulgação]

Podemos notar que frequentemente nos deparamos com uma notícia de uma montadora paralisando a produção por falta de peças. Esse problema começou logo depois do início da pandemia do coronavírus. Apesar de ter melhorado ultimamente, a situação ainda afeta as montadoras de automóveis. O que preocupa é que ele pode piorar novamente.

Quando as grandes fábricas de suprimentos gerais começaram a sofrer paralizações em razão da pandemia, até mesmo as empresas menores foram duramente afetadas. Isso porque diversos tipos de produtos começaram a ficar incompletos, já que não havia peças para terminar de fabricá-los.

Foi exatamente isso o que aconteceu no mundo dos automóveis e grandes setores de tecnologia. Como os veículos estão cada vez mais modernos, a quantidade de equipamentos eletrônicos embarcados neles é bem grande.

Fábrica Stellantis em Goiana (PE) [divulgação]
Fábrica Stellantis em Goiana (PE) [divulgação]

Melhorou, mas nem tanto

Nitidamente as montadoras de automóveis hoje operam com um pouco mais de tranquilidade quando comparamos com o período complicado da pandemia. Contudo, precisamos lembrar que além dos veículos, muitos outros setores também utilizam um número muito alto de componentes.

Justamente por esse motivo precisamos entender que o mundo todo ainda não voltou ao normal. Isso gera preços mais altos em todos os setores e ramos, desde um pequeno objeto simples até um automóvel tecnológico.

Fábrica Stellantis em Goiana (PE) [divulgação]
Fábrica Stellantis em Goiana (PE) [divulgação]
Grandes exemplos de peças fundamentais na construção de veículos são os microchips e semicondutores. A demanda por esse tipo de peça aumentou fortemente quando a pandemia começou, visto que a procura por aparelhos eletrônicos cresceu absurdamente, principalmente no ramo de computadores e celulares.

Agora que essa demanda voltou a cair, as outras empresas estão sofrendo menos com essa escassez de microchips. É por isso que as montadoras automotivas estão operando com um pouco mais de tranquilidade, sem paralisações tão grandes quanto antes.

Fábrica Chevrolet em São Caetano Do Sul (SP) [divulgação]
Fábrica Chevrolet em São Caetano Do Sul (SP) [divulgação]

Tudo pode piorar novamente

Essa ainda presente escassez de componentes é tão séria que está implicando até mesmo numa guerra entre dois países. Os Estados Unidos declararam apoio à Ucrânia na guerra iniciada pela Rússia, e por isso estão ajudando os ucranianos no fornecimento de armas militares.

Porém, a fabricação delas também está sendo prejudicada pela escassez dos componentes gerais. Essa busca por componentes eletrônicos deve crescer muito nos Estados Unidos, e como essas fabricações de armas devem ser priorizadas, é provável que os outros setores voltem a ter problemas mais graves de falta de suprimentos.

Fábrica Volkswagen em São Bernardo Do Campo (SP) [divulgação]
Fábrica Volkswagen em São Bernardo Do Campo (SP) [divulgação]
Isso significa que o Brasil também pode ser afetado em breve, já que a maioria dos componentes utilizados aqui são importados de outros países. Se isso realmente acontecer, podemos esperar paralisações ainda mais frequentes e maiores nas montadoras instaladas no nosso país.

Essa nova onda de ausência de componentes também faz com que o preço das peças suba bastante, acarretando em aumentos de preços no produto final. Ou seja, provavelmente os preços dos carros no Brasil continuarão subindo loucamente, oposto do que muitos imaginavam que aconteceria.

Fábrica Toyota em Sorocaba (SP) [divulgação]
Fábrica Toyota em Sorocaba (SP) [divulgação]

Fábricas parando no Brasil

Recentemente várias montadoras paralisaram suas produções por dois motivos. O primeiro deles é a falta de componentes, e o segundo é a falta de demanda no mercado automotivo, que retraiu em março. Marcas como Hyundai, Volkswagen, Fiat, Citroën, Jeep, Mercedes-Benz e anunciaram férias coletivas.

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