No Brasil e no mundo, fabricar carros em 2021 se tornou complicado. A falta de semicondutores e chips tem colocado diversas marcas contra a parede, diminuindo ou parando completamente a produção ou ainda reduzindo a quantidade de itens de série. Mas a situação vai piorar ainda mais a um ponto catastrófico até o fim do ano.
Segundo o , a indústria automotiva a nível global pode parar completamente até o final do ano. E dessa vez a culpa vai bem além dos semicondutores. A extração de magnésio está comprometida e a produção de ligas de alumínio, que usa esse elemento químico, pode parar completamente.
Essas ligas de alumínio hoje são usadas para fabricação de tanques de combustível, painéis de carroceria, componentes de suspensão, freios, blocos de motores, eixos, travessas, rodas de liga-leve e até estruturas do monobloco. Ou seja, uma enormidade de partes de um automóvel usa ligas de alumínio e, consequentemente, magnésio.
Ou seja, não dá para fazer um carro sem alumínio ou magnésio. E a indústria desses metais está em crise. A China é hoje a maior produtora desses recursos, sendo responsável por 85% de toda liga de alumínio usada no mundo. Porém, o país está enfrentando uma crise energética. Por lá, as fábricas se viram obrigadas a fechar para conservar energia para as pessoas.
A cidade de Yulin, na China, pediu que 35 de suas 50 fábricas fechem temporariamente. As restantes trabalham em escalas com menos da metade da capacidade de produção. Na Europa, o magnésio deve acabar até novembro, o que afetará diretamente a produção dos carros.
Resta saber como o Brasil vai lidar com a crise que está por vir. Atualmente algumas marcas tentam se recuperar da falta de semicondutores, enquanto outras fecharam fábricas temporariamente. Com a falta de ligas de alumínio, a situação tende a piorar e muito.
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