A fábrica da Volkswagen na Argentina que hoje produz e Amarok poderia ter simplesmente fechado se a decisão de fazer um rival da Fiat Fiorino fosse aprovada. Por mais que pareça sentença bem dura, é o que Pablo Di Si afirmou em sua última visita ao complexo argentino.
Em um café da manhã de despedida antes de assumir a operação das Américas da Volkswagen, Pablo Di Si conversou com jornalistas onde revelou que o destino da fábrica argentina estava na berlinda. Conforme reportado pelo , Di Si revelou que “quando cheguei à VW Argentina, a situação da fábrica era desesperadora”.
O executivo ainda percebeu que a situação poderia piorar: “Na Alemanha, nos propuseram produzir a Caddy em Pacheco e eu respondi: ‘A fábrica está morrendo. Se fizermos a Caddy, a morte será ainda mais rápida’. Por sorte, eles nos escutaram”. O projeto já estava em andamento quando Di Si interviu, sendo algo para ser executado entre 2010 e 2015.
Nessa época, a fábrica sobreviva da produção de poucas unidades da Amarok e manos ainda da SpaceFox. A ideia de trazer a Caddy era rivalizar com Fiat Fiorino, Peugeot Partner, Citroën Berlingo e Renault Kangoo. Esse modelo só foi vendido no Brasil no começo dos anos 2000 como VW Van, mas em duas gerações atrás.
A atual encarnação da Volkswagen Caddy nunca foi vendida no Brasil, nem na Argentina. Era um projeto caro e com data para morrer, visto que a plataforma PQ35 do Golf exigiria um investimento muito alto para um carro de base única. No Brasil e na Argentina (por causa da SpaceFox) eram feitos carros com base PQ24: menor e mais barata.
A decisão de Di Si foi reverter os investimentos para instaurar a plataforma MQB na fábrica da Argentina e fazer o Taos. Como a base é modular, é possível fazer também outros modelos com mesma base no futuro – ao contrário da Caddy que não teria modelos de mesma base para reduzir os custos de produção. Hoje faria sentido pois ela usa a base MQB do Taos.
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