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Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring | Comparativo

Na guerra dos sedãs compactos que tentam fisgar o cliente do segmento de médios, VW Virtus Exclusive pega o Honda City Touring

Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]
Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]

Volkswagen Virtus Exclusive e Honda City Touring podem até parecer modelos totalmente contraditórios, mas são mais próximos do que parecem. Ambos são sedãs compactos caros e que tentam tomar o lugar de sedãs médios, visto que seus irmãos só brigam no patamar de cima da categoria.

Dada a coincidência, reunimos a versão topo de linha dos dois para o embate. O Volkswagen Virtus se apresenta na configuração Exclusive de R$ 152.490, ao passo que o Honda City larga na vantagem pois o Touring custa R$ 140.500. Ou seja, R$ 11.990 a menos. 

Comportamentos opostos

Um dos pontos em que Virtus e City mais diferem é na mecânica. O Volkswagen usa motor 1.4 TSI quatro cilindros turbo de 150 e 25,5 kgfm de torque junto a um câmbio automático de seis marchas. É um carro verdadeiramente divertido de dirigir em todos os aspectos.

Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]
Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]
Ele tem suspensão durinha e volante pesado, fazendo com que seja um carro bom de curvas. O câmbio já está velho, não mostrando tanta eficiência quanto rivais mais novos. E a outra penalidade está no consumo, que é alto. Durante nossos testes fez média de 6 km/l na cidade com etanol e 11 km/l na estrada com o mesmo combustível

Em contrapartida temos o Honda City com consumo de etanol de sólidos 9 km/l na cidade e 12 km/l na estrada. Com gasolina ele é ainda mais econômico, chegando a fazer 17,5 km/l na estrada. Mas o contraste de performance é enorme. Com motor aspirado, o 1.5 quatro cilindros do City faz 126 cv e 15,5 kgfm de torque.

Ou seja, o Volkswagen tem 24 cv a mais e exatos 10 kgfm extras, resultando em um tempo de 0 a 100 km/h 2,1 segundos mais rápido. São 8,5 segundos para o Virtus contra 10,6 segundos do City. Outro ponto que contribui para o tempo menor é o câmbio CVT no japonês.

Diferentemente do Volkswagen Virtus que preza pela dirigibilidade, o Honda City é mais voltado ao conforto. A suspensão é macia, a direção é leve e o silêncio a bordo é algo bem nítido. Segue em linha a transmissão CVT que é extremamente suave e linear. Mas grita em alta velocidade.

Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]
Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]

Onde há pecados

Outro ponto no qual há uma discrepância absurda entre o Volkswagen Virtus e o Honda City é no interior. O acabamento do modelo alemão é ruim, lotado de plásticos com textura rustica e couro de qualidade apenas ok nos bancos e volante. A aparência é boa, mas o acabamento não.

Um contraste com o japonês, que tem faixa macia de couro no painel e o mesmo material usado nas portas e bancos. O tom bege dos assentos ajuda nessa sensação maior de refinamento, ainda que o couro do volante seja pior do que o do Virtus, que não é lá essas coisas. Os encaixes também são melhores e onde há plástico, é de mais qualidade.

Entretanto, o Virtus tem bancos dianteiros mais confortáveis e que abraçam melhor o motorista, além de espaço traseiro mais amplo, tanto para a cabeça, quanto para as pernas. No porta-malas, empate técnico. Afinal, o Volks leva 521 litros e o Honda carrega 519 litros. Coincidentemente, ambos tem carpete bem ruim revestindo o bagageiro.

O troco do modelo da Volkswagen está na central multimídia. A do Virtus é rápida, com tela de ótima definição, além de cheia de recursos. Um contraste à do City que tem tela lavada de baixa qualidade e brilho que nunca ajusta automático. Ambas têm Android Auto e Apple CarPlay sem fio.

A qualidade de som é melhor no VW, ainda que não seja um espetáculo. Já no painel de instrumentos, apesar de o Honda ter só metade digital, ele é tão competente e de qualidade equivalente ao do Volkswagen. Ambos são lotados de recursos e os mostradores são muito visíveis, mesmo sob forte luz solar. 

Acesso à tecnologia

Ambos os sedãs contam com seis airbags, frenagem autônoma de emergência e piloto automático adaptativo como item de série. Mas o Honda City vai além. O ACC dele é mais orgânico e funciona melhor, além de contar com sistema de manutenção em faixa, câmera para ponto cego e partida remota. 

Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]
Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]
Na lista de equipamentos compartilhada, os dois trazem revestimento interno de couro, retrovisores elétricos, sensor de estacionamento dianteiro e traseiros, faróis full-LED com acendimento automático, sensor de chuva, câmera de ré, chave presencial, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay sem fio e ar-condicionado digital de uma zona.

Veredicto

Racionalmente falando, o Honda City Touring é mais negócio. O modelo japonês custa R$ 11.990 a menos. E mesmo que seja preciso pagar pelas três primeiras revisões (totalizando R$ 1.991,77, porque as do Virtus são grátis), a diferença de valores e a tecnologia a mais do City acabam compensando.

Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]
Volkswagen Virtus Exclusive vs. Honda City Touring [Auto+ / João Brigato]
Entretanto, se você coloca o prazer ao dirigir como prioridade número um (ou até número dois) na hora de escolher um carro, o resultado vira para o Volkswagen Virtus Exclusive. O Honda é competente em diversos aspecto, mas completamente sem sal e sem graça para dirigir, algo totalmente oposto ao Virtus. 

Qual desses dois sedãs você levaria para casa? Conte nos comentários.

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