De olho na tendência mundial, a Stellantis anunciou seu futuro ciclo de investimentos exclusivos para o mercado brasileiro. O conglomerado automotivo assegurou que irá investir na região R$ 30 bilhões até 2030. Com este alto valor, a empresa projeta trazer 40 novidades ao setor automotivo. O primeiro modelo híbrido já chega em 2024, mas não teve a marca revelada.
O CEO da empresa, Carlos Tavares e o presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Capellano, confirmaram que o primeiro modelo híbrido flex já chegará no segundo semestre deste ano. Além disso, a empresa faturou 18,6 bilhões de euros em 2023. O investimento de R$ 30 bilhões é exclusivo para o mercado brasileiro e ele trará a tecnologia híbrida-flex, oito novos powertrains, novas plataformas globais e mais novidades. A empresa também comemora os 31,4% de participação de mercado no Brasil.
Na visão de Carlos, essa tecnologia híbrida é um importante passo acessível no quesito mobilidade para as classes médias. Todo o investimento da Stellantis está alinhado com o programa Mover. O Brasil deve ser um dos primeiros países da América Latina a contar com esta tecnologia e logo mais ela será exportada para os demais países próximos. Os executivos não entraram em detalhes, mas revelaram que a planta de Goiana, em Pernambuco e de onde saem modelos da Jeep, também terá novidades com esta nova aplicação financeira.
Carros 100% elétricos? Só mais para frente
A tecnologia Bio-Hybrid é suportada por três diferentes conjuntos híbridos que serão produzidos por aqui. O Bio-Hybrid, o Bio-Hybrid e-DCT, que conta com transmissão de dupla embreagem, o Bio-Hybrid plug-in e por fim um modelo 100% elétrico. O polo automotivo do grupo localizado em Betim, Minas Gerais e que produz modelos da Fiat, é de onde sairá o modelo elétrico movido a bateria.
Carlos deixou claro que a classe média é quem mais sairá no lucro com essa nova tecnologia, pois os seus carros terão um preço mais acessível do que os 100% elétricos. Ele afirmou que a empresa pensa em ter carros elétricos sendo oferecidos no Brasil, mas existem obstáculos.
Para o executivo, os modelos elétricos chegam a ser 40% mais caros do que aqueles movidos a combustão. Em seus cálculos, se houver uma alta demanda pelo público, se os custos de produção, principalmente das baterias diminuir, entre 2026 e 2027 é que a fabricação de automóveis elétricos estará mais acessível para as montadoras. Logo que esse preço ficar menor para elas, o valor final para os consumidores também diminuirá.
O CEO foi questionado sobre a capacidade de produção das fábricas em relação aos carros híbridos. Em sua resposta, Tavares revelou que todas as plantas industriais do conglomerado automotivo são capazes de atender a demanda e se for necessário, a Stellantis pensará em criar um novo polo industrial. Para a empresa, o alto investimento no Brasil é um predicado da imagem estável que a América Latina transmite como mercado automotivo.
Os representantes do grupo revelaram que seguem com a meta de 2038 de já serem neutros na emissão de carbono e por isso seguem com outro investimento paralelo global de 50 bilhões de euros. Questionados sobre a infraestrutura de carregamento de modelos híbridos e elétricos, os empresários afirmaram que o conglomerado já projeta parcerias. Eles também contaram que a Argentina, onde existem plantas do grupo em operação, também receberá investimentos financeiros em breve.
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