Não parece, mas já faz dois anos que os grupos FCA e PSA se casaram para formar a Stellantis. O gigantesco grupo automotivo ainda está fortalecendo os laços e intensificando as sinergias, mas, apesar de algumas brigas internas e de algumas marcas estarem sob ameaça de fechamento, o grupo diz que tudo está andando nos conformes.
Em entrevista ao , o chefe de operações da Stellantis América do Norte, Mark Stewart, diz que as marcas estão performando bem e de acordo com as expectativas do grupo. Ele até ressaltou que todas as marcas têm uma “chance de lutar” por sua sobrevivência nos próximos anos.
Vale lembrar que a Stellantis deu até 2030 para que Lancia, Chrysler, DS, Alfa Romeo e Maserati deem lucro. Caso isso não aconteça, as marcas serão cortadas do grupo sem dó nem piedade. Até mesmo a Chrysler que um dia deu nome ao grupo FCA e a histórica Alfa Romeo não serão poupadas se não lucrarem.
Só elétricos
O grupo visa cada vez mais lucro e rentabilidade, por isso não pode se dar ao luxo de ter marcas deficitárias, especialmente com 14 fabricantes diferentes dentro do mesmo portfólio. Por isso, o investimento forte em eletrificação, onde será possível compartilhar plataformas (que serão só 4 dentro de todo o grupo) e motores.
Na Europa, a partir de 2030 não haverá sequer um Stellantis que não seja totalmente elétrico, sendo o movimento liderado pela Peugeot. Em outros países esse movimento total da eletrificação ainda demora, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil.
Aqui, a grande conquista do grupo tem sido o renascimento de Peugeot e Citroën com uma linha de produtos mais forte, vendas mais altas e recuperação da imagem que foi manchada anos atrás por más condutas do grupo francês. Além disso, a Stellantis vai nacionalizar a RAM e começar a desenvolver produtos locais e recentemente introduziu a Abarth como marca.
Casos da família Stellantis
Já na parte das brigas, recentemente Alfa Romeo e Dodge tiveram fortes desentendimentos. A Stellantis viu como boa estratégia lançar o Alfa Romeo Tonale como Dodge Hornet nos EUA. É uma vantagem para a marca americana, mas que pode tirar vendas da italiana, que luta para se estabelecer por lá.
Estrategicamente a ideia faz sentido, visto que a Dodge tem mais poder de vendas nos EUA do que a Alfa Romeo, situação idêntica à estratégia tomada no Brasil em vender a Peugeot Landtreck como Fiat. Mas a Alfa Romeo não gostou nem um pouco de ter sido passada para trás.
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