Renault Logan Zen 1.6 [Auto+ / João Brigato]

Atingir a maioridade para as pessoas é um momento bastante esperado, já para um carro, pode significar que ele nasceu para ter sucesso. Apresentado pela primeira vez há exatamente 20 anos, o Renault Logan nunca deixou sua essência de lado e segue vivo para tentar dar uma espezinhada na vida dos seus rivais. Conheça agora sua história.

Tudo começou em 2004 na Romênia. Por lá, a Dacia, uma marca subsidiária da Renault, mostrava ao público seu sedã compacto barato. A proposta do projeto batizado pelo codinome de X90 era de ser um sedã, acessível, espaçoso e que não exigisse uma manutenção cara. Juntando tudo isso em uma forma e depois de 30 minutos de forno, nascia o Logan.

Logo após seu lançamento internacional, o Renault Logan já era destinado a aparecer nos demais mercados europeus. Na época, ele trazia um desenho bem simples, com ares conservadores, mas queria e era racional. Só que, o que chamava atenção era seu amplo espaço interno para 5 pessoas e mais de 500 litros de porta-malas.

Vamos para o Brasil

Ele conseguiu atrair bastante fãs, principalmente as famílias que precisavam de um sedã espaçoso. Contudo, sua vida ganhava outros contornos em 2007. Neste ano, o Logan veio ao Brasil e desde então se firmou como um dos principais carros do portfólio da montadora francesa.

O design era bem parecido com o da que a variante internacional, mas trazia os emblemas da marca francesa ao invés da outra montadora. Nessa época, o Renault Logan podia ter motor 1.0 ou 1.6 de 16V e seu câmbio era apenas manual de 5 marchas. O amplo espaço interno e o porta-malas de 510 litros eram seus maiores chamarizes.

Ele logo conquistou seu espaço em sua categoria e viveu por vários anos ao lado de carros como Fiat Siena, Chevrolet Corsa sedã, Honda City e outros. Além das famílias, os taxistas caíram de amores pelo Logan. Afinal de contas, ele era e ainda é capaz de carregar todas as bagagens que os passageiros precisam.

Mudanças bem-vindas

Para melhorar seu aspecto de carro barato, o Logan ganhou reestilizações. Mas, tudo mudou de fato em 2014. Aqui, ele ganhava mudanças profundas em seu visual. Ele deixou de lado as linhas um pouco mais quadradas para ganhar linhas mais arredondadas.

Este novo visual veio em boa hora, pois a Chevrolet estava tirando o defasado Corsa sedã de linha e apostava muitas fichas no Cobalt. A Toyota apresentava o Etios sedã e a Nissan trazia o Versa. Desse modo, o segmento de sedãs compactos tinha opções de sobra para atrair os consumidores.

Com esse tanto de rivais, o Renault Logan já começava a sofrer um certo declínio nas vendas. Para reverter o jogo, a marca oferecia diversas versões em seu portfólio. Assim, agradava as locadoras e ao público em geral. Até variantes com câmbio automatizado foram criadas, para dar mais conforto durante os passeios.

Para quem não gosta dos sedãs ou ama os hatches, a Renault também criou e trouxe o Sandero junto com o modelo sedã. Ambos, compartilharam muitas coisas como motores, transmissões, amplo espaço interno e a estética de serem baratos de se manter. Ele já teve uma versão caminhonete e é pai de uma perua, os quais nunca vimos no Brasil.

Vida longa

Mesmo sendo importante para a história da fabricante por aqui, faz um bom tempo que o Logan não recebe a devida atenção da sua empresa. Atualmente, ele é vendido apenas em duas versões, conta apenas com o motor 1.0 SCe de três cilindros, só traz câmbio manual e ao menos é; racional no que se propõe.

Vira e mexe ele sofre com os boatos de já saiu de linha, só que o Renault Logan segue vivo e está presente nas concessionárias da marca. Pode já não ter mais o brilho de antigamente, mas ele pode ver sua trajetória e se emocionar com todos os seus feitos.