Enquanto no Brasil o segmento de hatches médios se resume ao Chevrolet Cruze Sport6 e um bando de modelos importados e caríssimos, na Europa esse segmento ainda é forte, mas está começando a minguar. Prova disso é que a Renault transformou seu único hatch médio, o Mégane, em SUV elétrico e a Dacia nunca teve um hatch médio. Mas isso vai mudar.
A divisão de baixo custo da Renault, responsável pelo projeto de modelos como Sandero, Logan e Duster, planeja um novo e ousado movimento. A Dacia terá um Sanderão em 2026, segundo informações descoberta pelo . A ideia é que o modelo tenha versões a combustão, mas esteja preparado para a eletrificação obrigatória em 2030.
O Sanderão será um hatch médio com comprimento entre os 4 m do Sandero original e os 4,50 m da perua aventureira de sete lugares Jogger. A ideia é que o modelo conquiste o público pelo espaço interno ainda mais farto que o do Sandero, porte mais generoso e pela sofisticação extra.
Só que não espere por acabamento macio ao toque ou toneladas de itens de tecnologia como os que estão presentes em Volkswagen Golf, Opel Astra e Peugeot 308 – os principais hatches médios à venda no mercado hoje. O Sanderão será um carro de baixo custo, com acabamento de plástico e apenas as amenidades tecnológicas essenciais.
Tecnicamente a Dacia e a Renault terão um modelo concorrendo no segmento em que o Mégane estava, mas com preço de Clio intermediário. Como até para os europeus os hatches médios ficaram caros demais, o Sanderão servirá como uma alternativa de baixo custo e, evidentemente menos refinada, ao segmento.
Sem referência de SUVs
Segundo o Motor.es, o Sanderão terá visual bem moderno, com faróis finos, lateral limpa e essencialmente urbano. Não terá nenhuma referência aos SUVs, por isso, é esperado que o modelo seja baixo, esguio e esportivo esteticamente falando. A plataforma deverá ser a CMF-B esticada ao máximo, já que é mais barata que a CMF-C usada pelos médios da Aliança.
Vale lembrar que, dentro do grupo que a Renault faz parte, a única marca que hoje tem um hatch médio é a Nissan, especificamente o elétrico Leaf. Mitsubishi, Alpine, Dacia, Infiniti e a própria Renault não contam com modelos nessa categoria. Por isso, tecnicamente, o Sanderão será o único hatch médio a combustão do grupo.
Ele será vendido na Europa como Dacia, mas pode ganhar outros mercados como Renault. Será que a marca francesa vai apostar no modelo por aqui para tentar ressuscitar o segmento de hatches médios? Ou, após a morte do Chevrolet Cruze Sport6 nunca mais veremos um hatch médio generalista a combustão no Brasil?
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