Desde que a Fiat Toro foi lançada no Brasil, mercados internacionais ávidos por picapes, especialmente os EUA, sempre desejaram o nosso modelo. E finalmente parece que ela pode ser vendida por lá, mas como RAM 1000. E isso é culpa das altíssimas vendas da e da Hyundai Santa Cruz.

Em entrevista ao durante o Salão de Detroit, Mike Koval Jr. CEO da RAM, revelou que a marca está “ativamente e agressivamente” de olho no mercado de picapes menores que a RAM 1500. Ao ser questionado sobre um modelo menor, como a Dakota/1200 que está em desenvolvimento no Brasil, afirmou que o interessante é algo ainda menor. Ou seja: Fiat Toro.

Faz tempo que a RAM está de olho em segmentos abaixo da 1500. Com o lançamento da Jeep Gladiator, parecia que a Stellantis não ia levar sua marca de picapes para essa categoria para não competir com a novata. Contudo, foi observado que o público da Gladiator é bem diferente do que compra S10/Colorado ou Hilux/Tacoma.

RAM 1000 Big Horn Night Edition Mopar [divulgação]

Por isso, o desenvolvimento da Dakota no Brasil fez sentido. Ela terá construção monobloco usando a plataforma da Fiat Toro. Contudo, será grande o suficiente para ficar no segmento de médias. Boatos revelam que a picape pode ter uma versão chassi sob carroceria para os Estados Unidos. Só que a RAM quer descer ainda mais.

RAM (Fiat) Toro

O segmento dominado pela Ford Maverick nos Estados Unidos tem como representante da Stellantis a Fiat Toro. Ela é oferecida em outros mercados como RAM 1000 e pode facilmente ser levada aos EUA como alternativa da marca de picapes para entrar nesse extremamente lucrativo segmento.

Por lá, muitos donos de sedãs médios e grandes, ou até de SUVs, estão trocando seus carros pela Maverick. Ela tem se mostrado um novo tipo de carro de entrada, com volumes altos de produção e vendas. A Stellantis, tão tradicional com picapes, não vai querer ficar de fora. Nem mesmo a Chevrolet, que cogita levar a Montana para lá.

Só que é bastante provável que a vida da Fiat Toro nos EUA como RAM 1000 só aconteça na próxima geração. Adaptar o atual modelo para as regulações norte-americanas e motores grandes exigidos por lá seria bastante difícil. Como a base dela terá sobrevida em novos produtos da Stellantis como a própria Dakota, faz mais sentido esperar mais um pouco.