Na história da indústria automotiva, alguns carros se destacam por sua inovação e pela visão à frente de seus fabricantes. O Chevrolet Astra, apesar de ter sido descontinuado no Brasil em 2011, permanece presente na memória dos brasileiros, sendo associado à beleza das linhas, à qualidade construtiva da cabine e à robustez mecânica.
Lançado em 1991, o Chevrolet Astra desembarcou no Brasil em 1994, na geração F, importado da Bélgica. Essa geração incluía uma carroceria station wagon, além de apelidos carinhosos entre os admiradores, como “Belguinha” ou “Astra Belga”. Um carro atualmente valorizado no mercado de usados podendo ser adquirido com preços em torno de R$ 35.000 a R$ 55.000, ano 1995.
Produzido no Brasil de 1998 a 2011, a geração G ofereceu versões hatchback com duas ou quatro portas, além do sedã de quatro portas, era equipado com motores 1.8 8V, 2.0 8V ou 2.0 16V.
Reestilizada em 2003, a maior desde 1998, quando passou a ser produzido no Brasil, trouxe um visual mais reto e anguloso também sendo chamado de Locomotiva, e resgatou a nomenclatura GSI. Essa sigla com três letras e conhecida no Kadett, no Vectra e no Corsa substituía a Sport, com propulsor 2.0 16V casado ao câmbio manual F23 de cinco marchas rendendo 136 cv e 19,2 kgfm, além de uma condução precisa.
Gerações do Chevrolet Astra que não tivemos
No entanto, o Brasil não teve acesso a algumas gerações do Chevrolet Astra. Ageração H, durou de 2004 a 2009, passou por mudanças significativas nos mercados exteriores, mas em nosso mercado ele chegou na primeira semana de setembro de 2007, sendo comercializado como Vectra em configurações GT e GT-X, assim como conviveu com o Astra G facelift por alguns anos.
O Vectra hatch tinha um entre-eixos 9 cm mais curto em relação à carroceria de três volumes, bem como uma suspensão mais firme. A diferença entre o Vectra GT e Vectra GT-X era basicamente visual, com destaque para as rodas de liga leve de 17 polegadas na opção mais cara. Sob o capô, o motor 2.0 da linha Astra e Zafira rendia até 128 cv quando abastecido com etanol, passando posteriormente a entregar 140 cv.
Indo ao longo dos anos, a geração J, lançada em 2009 e finalizada em 2015, não veio ao mercado brasileiro. Ela já incorporava à época equipamentos e inovações conhecidas atualmente, porém, avançadas à época.
Entre elas, o sistema Open Eye de reconhecimento de placas de trânsito, além dos faróis AFL+, que mudava a intensidade do feixe de luz dependendo das condições da estrada e do clima. Outra tecnologia era o sistema de amortecimento adaptativo FlexRide.
Semelhante ao Astra J, a geração K, que foi a última produzida sob a gestão da , antes da transição para a plataforma Global Small Vehicle (GSV), também não foi comercializada no Brasil. Ela foi apresentada em 2015 durante o Salão de Frankfurt, na Alemanha.
Essa geração era mais leve que a anterior J, o que resultava em melhor eficiência, assim como mostrava um design mais arredondado, tanto na carroceria hatch quanto na station wagon. Ainda houve a introdução dos faróis com LED Matrix opcionalmente possibilitando não ofuscar quem vinha em sentido contrário na estrada.
Versões que não vieram ao Brasil
Esse ícone da Chevrolet, desenvolvido pela Opel, também ofereceu versões interessantes, seja com os emblemas Chevrolet, Opel e Vauxhall. O Astra Caravan, por exemplo, seria um rival para Fiat Marea Weekend, Toyota Corolla Fielder e Renault Mégane Gran Tour.
Outro modelo foi o Astra Coupé, desenhado pelo estúdio , que era uma variante da segunda geração, acompanhada de uma belíssima versão conversível. Ele serviu como base para o conceito Astra X-Treme, o mais icônico dos concept cars da , que se tornou um representante da marca nos campeonatos de turismo.
Já quem buscava uma versão mais esportiva do hatch tinha o Opel Astra GTC. Um hatch de duas portas, com um teto mais baixo e estética de cupê. A característica mais marcante era o para-brisa que se fundia ao teto solar, criando um estilo único.
Por fim, o Astra Twin Top foi outro conversível, mas oferecendo o teto rígido, em contraste com a capota de tecido aplicada na segunda geração do Astra.
Você já teve ou tem um Astra? Conhecia as gerações que não foram comercializadas no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!