O Volkswagen Tiguan Allspace saiu de linha no Brasil no final de 2021, mesmo com bons números de venda em nosso país. Desde então, a reestilização é aguardada e especulada para cá, mas infelizmente a marca ainda nem divulgou uma data estimada para sua chegada.
Em seus últimos momentos de vida o SUV de sete lugares foi ofertado somente na versão mais cara e esportiva da gama, chamada de R-Line. Nessa variante, trazia até mesmo a tração integral 4Motion nas quatro rodas. As opções 250TSI e Comfortline 250TSI haviam saído de linha em fevereiro do mesmo ano.
Quando as duas versões mais básicas do Tiguan Allspace saíram de linha, o Volkswagen Taos passou a cumprir a lacuna deixada por elas, inclusive utilizando a mesma motorização 1.4 turbo. Contudo, quem ainda procura um modelo da marca que seja mais caro e com proposta esportiva, é obrigado a ir de Jetta GLI.
O que o Tiguan Allspace tem de novo?
Assim como a versão europeia mostrada em maio de 2021, o modelo que desembarcou na Argentina não traz muitas novidades no design. Visualmente o novo Tiguan Allspace ficou até mais simples que a configuração anterior, visto que as linhas agora são ainda mais sóbrias e arredondadas.
A grade continua com três barras horizontais, porém agora sem os pequenos detalhes de relevo que haviam anteriormente, deixando-as mais simples. O novo desenho do para-choque é ligeiramente mais esportivo, mas por serem pintados em preto os seus vincos não se destacam com muita intensidade.
O que chama atenção negativamente na região frontal do SUV é o conjunto óptico, que apesar de aparentemente ser full LED, traz iluminação por espelhos. Essa é uma tecnologia bem mais simples que os projetores utilizados nas nossas extintas versões Comfortline e R-Line.
Como a Volkswagen não divulgou as imagens oficiais do lançamento argentino, não é possível perceber através do se o conjunto de iluminação terá a linha de LED interligando os faróis, que em nosso mercado estreou no Taos. É possível que a versão brasileira tenha esse elemento de design.
A lateral fica marcada apenas pelas novas rodas de liga-leve (que são menores na versão Argentina) e pelo novo friso com o nome da versão, posicionado logo abaixo dos retrovisores. No mais, tudo continua praticamente igual.
Na traseira as mudanças são ainda mais sutis, com um novo visual na parte plástica inferior do para-choque, que traz falsas saídas de escapamento. O nome do modelo agora fica gravado logo abaixo do logotipo da Volkswagen, este que por sinal já é o mais recente da marca. As lanternas de LED do modelo argentino são as mesmas utilizadas pelas antigas versões de entrada em nosso mercado.
No interior a montadora alemã optou por seguir a mesma estratégia do exterior: alterações quase imperceptíveis. O volante agora é o mais recente da VW, além de que o sistema de ar-condicionado digital recebe os comandos sensíveis ao toque. A manopla de transmissão foi trocada por uma mais sofisticada, assim como ocorreu nos outros modelos da empresa.
Motorização já conhecida
O conjunto mecânico não mudou no mercado argentino e também não deve receber grandes alterações na versão brasileira. A novidade por lá é que infelizmente o 1.4 250 TSI deixou de ser oferecido no SUV de sete lugares, seguindo apenas com o propulsor 2.0 350 TSI e a tração nas quatro rodas.
O 2.0 turbo à gasolina disponibiliza até 220 cv e 35,7 kgfm, e trabalha sempre em conjunto com a transmissão automatizada de dupla embreagem e 7 marchas, chamada de DSG. A tração é a 4Motion integral (nas quatro rodas) e atua sob demanda, ou seja, a depender da necessidade detectada pelo sistema.
O que teremos no Brasil
É possível que no mercado brasileiro tenhamos algumas diferenças em relação ao argentino, como rodas maiores e um visual ligeiramente mais esportivo e refinado. Como o Taos utiliza o 1.4 250 TSI, provavelmente essa configuração continuará indisponível no nosso Tiguan Allspace. Com isso, ele se limitará ao 2.0 350TSI.
A lista de equipamentos certamente também ganhará novidades, mas como o modelo sempre foi bem completo, elas não devem ser muito grandes. A configuração dos argentinos traz itens como piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência, sensor de fadiga, ar-condicionado digital tri-zone, painel totalmente digital de 10,25” e central multimídia de 8” (certamente receberemos a VW Play de 10,1”).
Meio milhão de reais
No país vizinho o novo Volkswagen Tiguan Allspace está sendo vendido em versão única pela bagatela de 20.285.000 pesos argentinos, o que na conversão direta atual resulta em assustadores R$ 519.815. Logicamente o SUV de 7 lugares atualizado não será vendido por esse preço em nosso país,mas não seria nenhuma surpresa se o valor definido pela VW ultrapassasse a casa dos 300 mil reais.
Isso se torna provável pois o Taos com motor 1.4 turbo hoje atinge os R$ 218.960 se equipado com todos os opcionais disponíveis. Outro modelo que pode ser usado como referência é o sedã médio Jetta GLI, que é equipado com praticamente o mesmo conjunto mecânico do Tiguan (com exceção da tração 4Motion). Com os opcionais ofertados a versão única do modelo custa R$ 229.190.
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