Enquanto algumas montadoras estão repensando suas expectativas em relação aos carros elétricos, as fabricantes japoneses vão avançando com confiança, mantendo seus planos inalterados. Enquanto empresas como Ford e GM reverteram seus planos de veículos elétricos e até mesmo fabricantes chinesas como HiPhi estão paralisando a produção, as montadoras japonesas parecem ter previsto essa desaceleração no mercado.
A Toyota, há muito tempo, demonstra ceticismo em relação à adesão total aos veículos elétricos, e outras marcas japonesas como Honda, Subaru, Nissan e Mazda também têm sido relutantes em mergulhar de cabeça na eletrificação de suas gamas.
Cautela com os carros elétricos
Embora alguns tenham interpretado essa abordagem como resistência à mudança, um relatório da sugere que as montadoras japonesas já previam uma eventual desaceleração no mercado de carros elétricos. Stephen Ma, diretor financeiro da Nissan, afirmou que a eletrificação não segue um crescimento linear, mas que, a longo prazo, haverá um crescimento contínuo.
Essa abordagem cautelosa não significa que as montadoras japonesas estejam perdendo o foco em um futuro eletrificado. A Nissan, por exemplo, anunciou recentemente um plano de investimento de US$ 13,2 bilhões para acelerar a eletrificação nos próximos cinco anos. A Honda e a Subaru também estão comprometidas com a eletrificação, com planos de investimento de US$ 9,9 bilhões cada.
Enquanto isso, a Toyota continua liderando o mercado de veículos híbridos, registrando vendas recordes. A montadora espera entregar cinco milhões de carros híbridos a gasolina até 2025. Apesar desse sucesso, a Toyota também está investindo em carros elétricos, seguindo uma estratégia que inclui uma linha completa de veículos totalmente elétricos, híbridos plug-in e movidos a células de combustível.
Normalmente, as fabricantes de carros do Japão são conservadoras em suas abordagens, o que pode explicar essa cautela com os carros elétricos. No entanto, ao menos por enquanto, essa estratégia tem dado certo, já que parece que as marcas japonesas conseguiram prever essa queda no interesse de modelos elétricos.
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