Desde que a Hyundai iniciou os trabalhos em uma versão de sete lugares do Creta, o modelo passou a ser chamado popularmente de Grand Creta. Adicionar Grand antes do nome do carro é um movimento comum entre as montadoras para evidenciar uma versão mais longa e um SUV e que, em geral, tem sete lugares.

Contudo, desde que foi lançado um ano atrás na Índia, o modelo não havia recebido esse nome. Ele estreou como Alcazar na tentativa de dar mais sofisticação ao modelo, tal qual a Jeep fez com Commander e Compass – ainda que os irmãos Jeep sejam menos relacionados que Creta e Alcazar.

Poucos meses depois, ele passou a ser vendido no México como Creta Grand, ordem contrária ao comumente empregado. Agora, porém, o SUV de sete lugares da Hyundai estreia na África do Sul com o nome que esperamos que ele use no Brasil, caso de fato venha: Grand Creta. Por lá, ele será vendido a partir de 449.900 Rand, equivalente a R$ 147.214.

2.0 aspirado ou diesel

Assim como o nosso de cinco lugares, o Grand sul-africano terá motor 2.0 quatro cilindros aspirado. Por lá são 156 cv e 19,5 kgfm de torque contra 167 cv e 20,6 kgfm do modelo brasileiro. Para quem prefere diesel, a Hyundai oferecerá o 1.5 quatro cilindros de 113 cv e 25,5 kgfm de torque – opção que jamais será oferecida no Brasil.

Isso se deve ao fato de que o Creta e nem o Creta Grand têm opção de tração 4×4, algo necessário para homologar um carro com motor diesel no Brasil. Outra similaridade entre o SUV nacional e o vendido na África do Sul com dois lugares extras é que ambos são sempre comandados por uma transmissão automática de seis marchas. Mas há opção manual por lá.

Comparando ao Hyundai vendido no Brasil, o Grand Creta tem 20 cm a mais no comprimento e 15 cm a mais de entre-eixos. Totalizando 4,50 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,63 m de altura e entre-eixos de 2,75 m. Isso faz dele 26 cm mais curto que o Jeep Commander ou 20 menor que o Tiggo 8, o colocando como raríssimo caso de SUV compacto de sete lugares.

A traseira espichada tirou de cena as lanternas divididas em três partes. O modelo de sete lugares tem estilo mais tradicional com lanternas horizontalizadas acompanhadas por um friso cromado onde o nome Creta se exibe em letras grandes. O vidro lateral é integrado ao traseiro, enquanto o aplique na colina é sempre preto, não prata como no 5 lugares.

Menos polêmico

A frente muda bem pouco. A grade frontal é maior e em estilo cascata, bastante inspirada no Palizade. Os faróis ganham um friso cromado e preto que sai da grade frontal e torna a peça não mais divida visualmente. O para-choque tem estilo mais elegante, com luzes de seta e neblina mais baixas e com visual diferente.

Ainda não há suspeitas sobre a produção do Grand Creta no Brasil. A Hyundai prepara a versão esportiva N-Line para o nosso país. Contudo, a oportunidade de ter o único SUV compacto de sete lugares no mercado está nas mãos da Hyundai. Basta ela começar a produção do modelo por aqui e ter uma alternativa abaixo dos R$ 200 mil e mais barata que Tiggo 8 e Commander.

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