Uma mistura de hatch compacto com minivan. Essa era a premissa do Honda Fit. Um carro simpático, carismático e que tinha espaço de sobra, mesmo medindo menos de 4,50 m de comprimento. Muito querido pelos brasileiros, o modelo viveu mais de 15 anos, se apoiava no amplo espaço interno e na confiabilidade da marca e teve uma história pra lá de animada. Reviva um pouco de sua história e boa leitura.
A primeira vez que o mundo teve contato com o Fit foi em 2001. Com apenas 3,85 m de comprimento, o modelo chamava atenção por seu estilo diferente dos hatches compactos comuns. Ele chegou ao Brasil em abril de 2003 e desde então criou sua legião de fãs. Ele é tão icônico para sua montadora que é o segundo Honda a ser produzido em Sumaré, no interior de São Paulo. Desde 1997 o sedã médio Civic vivia sozinho, mas a partir dos anos 2000, o Fit chegou para lhe fazer companhia.
Uma das coisas que mais chama a atenção no Honda Fit é seu amplo espaço interno. Mesmo com menos de 4 m de comprimento, o hatch consegue carregar o que o dono precisar. Seus bancos traseiros modulares apelidados de ULT o ajudaram a construir a fama de ser um carro pequeno, mas que cabe de um tudo. Vasos de plantas, malas de viagem, sacolas de compras, pranchas de surfe e até bicicletas entravam com facilidade no modelo. Seu entre-eixos de 2,45 m trazia um pouco de conforto durante os trajetos.
Segunda geração só deixou o nome igual
Nessa época de lançamento, o Fit chegou ao Brasil com duas versões, a LX ou LXL. Ele tinha o inédito motor 1.4 de 80 cv movido apenas a gasolina e podia ter câmbio manual de 5 marchas ou automático do tipo CVT. Aliás, este câmbio foi um dos seus principais chamarizes para uma época tão remota de tecnologia. Em 2004, chegou o Fit equipado com o motor 1.5 VTEC. Esse rendia 105 cv, podia ser manual ou automático e seu nome na tampa do porta-malas tinha o “i” com a bolinha azul.
O projeto do Fit tinha um grande diferencial de trazer o tanque de combustível em uma posição central. Esses reservatórios ficavam embaixo dos bancos dianteiros, o que dava maior espaço na cabine para os ocupantes. Tanto o City quanto o HR-V também aderiram ao projeto inovador. Somente em 2007 é que o Honda Fit ganha o conjunto 1.4 flex.
Quase no fim de 2008, a montadora japonesa apresentou aos brasileiros o New Fit. A segunda geração do monovolume era 5 cm maior do que a primeira geração, tinha mais tecnologia embarcada, acabamento melhorado e mais equipamentos de série. Foi com o New Fit que o modelo abandonou momentaneamente o câmbio CVT e aderiu ao automático comum de 5 marchas. A ampla área envidraçada e o desenho mais oval eram seus destaques.
Tudo ia bem, o modelo sempre tinha números competitivos de vendas para sua categoria. Em 2012, a segunda geração recebe uma reestilização. Aqui, o New Fit ganhou novos faróis, nova grade, para-choques com novos desenhos e pequenas melhorias mecânicas. Até este momento, seu portfólio era composto pelas versões LX, LXL, EX, EXL e a recém-chegada DX. No ano seguinte, somente os brasileiros ganharam o famoso Fit Twist. Uma versão desenvolvida exclusivamente para nós e que tinha o apelo aventureiro.
Terceira geração chega e nada de despedidas
No final de 2013, a marca apresentou mundialmente a terceira geração do modelo. Maior do que as gerações anteriores, o Fit ganhou uma carroceria mais alta, linhas mais futuristas para a época, volta do câmbio CVT, fim do uso do motor 1.4 e outros destaques. Foi com essa geração que os bancos modulares ULT ganharam uma nova função e podiam virar camas. Desde o New Fit, uma das regalias do monovolume era ter um porta-copos localizado na frente da saída do ar-condicionado. Afinal de contas, a Honda queria que o dono tomasse sua bebidinha refrescada.
Para a linha 2018, o Honda Fit ganhou sua última reestilização. Ela ficou marcada por trazer para-choques mais salientes e evitar aqueles amassados indesejados e outras novidades. O monovolume vendia bem, todavia não como antes. Em novembro de 2021, a marca anunciou seu fim de produção de forma abrupta. A decisão foi para atender às novas normas de emissões de poluentes. Desde então, o Fit segue descansando por aqui, já que o City hatch o substituiu. Lá fora até tem a quarta geração, mas ele ficou caro demais para nós e a marca não quis trazê-la.
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