Depois de um ano de hiato, o Honda Civic está pronto para retornar ao Brasil. Com exclusividade, o Auto+ apurou que o modelo tem lançamento programado para 20 de janeiro, com as primeiras unidades sendo entregues entre o primeiro e o terceiro mês de 2023. A data de lançamento, contudo, ainda pode mudar, mas a princípio é essa.
Conversas nos corredores da Honda apostam que o Honda Civic e:HEV será vendido por R$ 220 mil, o colocando na mesma faixa do Volkswagen Jetta GLI. Apesar de coincidentemente ambos terem motor 2.0, a pegada é completamente diferente. O Jetta GLI custa R$ 221.380, tem motor turbo e pegada esportiva com seus 231 cv e câmbio de dupla embreagem.
Já o Honda Civic e:HEV é híbrido e usa seu motor 2.0 aspirado para alimentar as baterias do sistema elétrico. O quatro cilindros a gasolina só empurra as rodas na estrada ou em situações muito específicas. Mas, na maior parte do tempo, é apenas um gerador de força para o sistema elétrico. São 184 cv e 32,1 kgfm de torque.
Todo o sistema é gerenciado por um tipo de transmissão que a marca chama de E-CVT. É exatamente o mesmo conjunto mecânico que o usou no Brasil por alguns meses antes de sair de linha. Só que no Civic híbrido a vantagem é consumo na casa dos 20 km/l.
E o Corolla?
O Toyota Corolla, seu principal rival, custa entre R$ 182.090 e R$ 191.790 nas versões híbridas. Contudo, ele usa sistema tradicional com motor 1.8 flex atrelado a um motor elétrico para render, de maneira combinada, 122 cv. Oficialmente a Toyota declara consumo de 17,9 km/l na cidade e 15,4 km/l na estrada com gasolina (lembrando que híbrido gasta mais na estrada).
Ou seja, apesar de mais caro, o Civic híbrido será mais econômico e bem mais potente. O que chama atenção na estratégia da Honda, segundo fontes ligadas à marca, é que o Civic e:HEV não será vendido em todas as revendas da marca japonesa no primeiro momento. Isso se dará pelo estoque reduzido e treinamento para modelos eletrificados.
Com isso, fica ainda mais claro que a Honda não pretende mais ter volume com o Civic. O modelo atuará aqui somente como um carro de imagem, preservando a força do nome Civic, mas colocando a Honda na rota da eletrificação e mostrando a viabilidade de seu sistema híbrido diferente do padrão do mercado.
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