Se engana quem pensa que o Honda City é um carro novo. O atual modelo mais acessível da marca japonesa no Brasil, possui exatos 43 anos de vida. Vendido em diversos países, inclusão tardia da versão sedã, chegada ao Brasil nos anos 2000 e hoje substituto (em partes) do Civic, são os principais destaques desse modelo. Apertem os cintos e boa leitura.
A primeira vez que o público viu o City de perto foi em 1981. Nessa época, ele chegou ao mercado como hatch. Surpreendentemente, ele tinha versões equipadas com motor 1.2 turbo, algo que ele nunca teve no Brasil. Um de seus principais destaques era o bom aproveitamento do espaço interno. Já em 1986, ele recebeu sua primeira reestilização e ficou com visual mais atualizado e ganhou mais equipamentos.
Entretanto, a vida do Honda City ganhou novos contornos em 1996. Justamente após 15 anos de vida, o modelo recebeu a primeira versão sedã. Ele utilizava a plataforma do Civic e chegou nos mercados asiáticos da Tailândia e Índia com motores 1.3 e 1.5. Essa foi uma das gerações de maior sucesso do modelo compacto da Honda. Em 2002, o City sedã ganhou sua segunda geração, ganhou mais espaço interno, seus bancos passaram a ser modulares e ele recebeu a transmissão automática do tipo CVT.
Passaporte para o Brasil tem data de 2009
Em meados de 2009 o público brasileiro conheceu a terceira geração do City sedã. Menor do que o Civic, o City tinha design atual para a época, podia ter câmbio manual ou automático do tipo CVT e impressionava pelo amplo espaço interno. Afinal de contas, ele era o sedã do Fit. Ele tinha 4,40 m de comprimento, 1,69 m de largura, 1,48 m de altura e entre-eixos de 2,55 m. Além disso, seu porta-malas de 506 litros só perdia para o Renault Logan e por pouco.
Nessa época, o Honda City já era oferecido em 45 países e já tinha vendido mais de 1,2 milhões de unidades no mundo. Em 2015, chegou sua quarta geração. Novo visual, números de largura e comprimento maiores do que a terceira geração e mais equipamentos de série eram seus destaques em uma categoria que estava acirrada. Por mais que fosse mais em conta do que o Civic, o City sempre ficou na sombra do irmão maior por aqui.
Já em 2018, a quarta geração oferecida no Brasil ganhou uma leve reestilização. Mas, seu motor 1.5 aspirado de quatro cilindros de 116 cv e 15,3 kgfm de torque e câmbio CVT de 7 marchas só faziam a alegria de quem prioriza o conforto e menor consumo de combustível. Por isso, é comum ver taxistas e famílias de 5 pessoas com City na garagem.
A vida do City teve uma reviravolta digna de filme de suspense: o Civic, seu irmão maior saiu de linha em 2021. A Honda optou por parar de fabricar o sedã médio rival do Toyota Corolla, para priorizar os SUVs. Desse modo, o City teve de substituí-lo. Já que a vida não é um morango, o Fit também deu adeus ao povo brasileiro e lá vai o City ficar no seu lugar.
Desde o lançamento da quinta geração no Brasil no fim de 2021, o Honda City é o carro mais acessível da marca no país. Esta é a primeira vez que ele chegou aos brasileiros com carroceria hatch e agora está mais sofisticado do que todas as gerações oferecidas por aqui. Com uma história repleta de caminhos tortuosos, tomara que o City continue firme e forte e que substitua mais um modelo, afinal de contas predicados ele tem.
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