Vitórias podem ser recorrentes, mas jamais serão comuns. As lágrimas de Lewis Hamilton debaixo do capacete ao estacionar no parque fechado, onde permaneceu quieto por alguns instantes depois de se tornar heptacampeão mundial de Fórmula 1 em Istambul e igualar o recorde de Michael Schumacher, mostram exatamente isso.
Confira um resumo de como foi a corrida neste vídeo do canal Pr1meiro Stint
No sábado, em um treino classificatório surreal em que era preciso ter os pneus mais adequados e o timing perfeito para encontrar a volta mais rápida na pista molhada, Lance Stroll surpreendeu o mundo conquistando a pole position. Aos 22 anos, tornou-se o quinto pole mais jovem de todos os tempos. Max Verstappen completou a primeira fila em segundo e Sergio Pérez ficou em terceiro.
No domingo, os indícios de que esta seria uma corrida muito louca surgiram já nas voltas de alinhamento, quando George Russell e Antonio Giovinazzi chegaram a perder o controle do carro.
Na hora da largada, Verstappen patinou no asfalto molhado e completou a primeira volta apenas na quarta posição, atrás dos dois pilotos da Racing Point e de um inacreditável Sebastian Vettel, que saiu de 11º para terceiro. Hamilton ensaiou um bom início de corrida pulando de sexto para terceiro, mas escapou nas curvas seguintes e voltou à posição original.
Para adiar a conquista do título de Hamilton, o companheiro de equipe Valtteri Bottas precisava descontar oito pontos em relação a ele, mas a missão que já era difícil tornou-se impossível com uma rodada na primeira curva. Na tentativa de evitar um acidente com Esteban Ocon (tocado por Daniel Ricciardo), Bottas saiu girando.
Como se não bastasse, se enroscou com Ocon outra vez na sequência da volta e faria uma de suas piores corridas na Fórmula 1, terminando em 14º, uma volta atrás de Hamilton.
A partir daí a corrida virou uma verdadeira casa de apostas, com alguns pilotos parando para tocar pneus (os de chuva se desgastam rapidamente quando o asfalto vai secando) e outros esperando pra ver se a pista permitiria o uso dos slicks, o que nunca aconteceu. Enquanto o asfalto esteve molhado, o domínio foi da Racing Point.
O pole position Stroll liderou 32 voltas, seguido de Pérez. Eles chegaram a ter 15s de vantagem sobre os adversários mais próximos, mas quanto mais a pista secava, pior ficava o rendimento da dupla. Stroll então optou por um segundo pit stop na volta 36 (das 58 completadas) e nunca mais teve o mesmo ritmo. Terminou em oitavo.
Pérez arriscou permanecer na pista com os mesmos compostos intermediários desgastados – que havia calçado na volta 10. Deu certo, muito certo! Mas o problema é que tinha um outro cara com a mesma estratégia: Lewis Hamilton.
Conhecido pela capacidade de gerenciar muito bem os pneus, Lewis também só parou uma vez, aumentou o ritmo na segunda metade da prova, foi ganhando posições conforme os adversários recolhiam aos boxes e por fim tomou a liderança de Pérez. Uma vitória maiúscula, digna de um heptacampeão do mundo.
A briga pelo pódio foi intensa. O carro de Pérez estava ficando inguiável e ele chegou a passar reto na última volta. Charles Leclerc tentou se aproveitar, passou por ele, mas logo travou pneus e perdeu duas posições. Pérez cruzou em segundo, seguido por Vettel, que alcançou seu primeiro pódio na temporada.
Uma conquista bastante simbólica por permitir que a F-1 tivesse no mesmo pódio seus dois maiores campeões em atividade: o hepta Hamilton e o tetra Vettel.
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