Demorou um bom tempo, mas a GM finalmente está investindo no segmento de SUV cupê. Prova disso é que, recentemente, lançou nos EUA o Chevrolet Trax e agora traz ao mundo o Buick Envista. Ambos são versões cupê do Chevrolet Tracker, mas cada um à sua moda. E vale lembrar, nenhum deles será vendido no Brasil.
Aos que não estão habituados com outras marcas da General Motors, fora a Chevrolet que temos no Brasil, o grupo tem uma escada bem demarcada. A Chevrolet é a generalista, de base e entrada. Depois vem a Buick, fazendo papel de meio termo entre as de luxo e premium (como a Jeep, por exemplo), até finalizar com a Cadillac.
Alma de Tracker…e de Montana
Por isso, o Buick Envista é um Tracker cupê quase de luxo. Os dois modelos compartilham a plataforma, sendo chamada de GEM no SUV brasileiro e de VSS-F no Envista e no Trax por ser uma versão mais sofisticada destinada a países desenvolvidos. Só que, essencialmente, são a mesma coisa.
Tanto que, Envista, Tracker, Montana e Trax são equipados com o mesmo motor 1.2 três cilindros turbo. No Tracker e na Montana são 133 cv e 21,4 kgfm de torque, enquanto no Buick, a GM conseguiu subir a cavalaria para 138 cv e o torque foi a 22,4 kgfm. O câmbio é o mesmo automático de seis marchas usado por , Onix Plus, Montana, Tracker e Spin.
Segundo a Buick, seu SUV cupê é capaz de fazer 12,7 km/l de média mista entre cidade e estrada. Como comparação, temos a Montana fazendo (com gasolina), 11,1 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada, enquanto o Tracker marca 10,4 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada. Todos eles com exatamente o mesmo conjunto mecânico.
Toque chinês
Como o grande foco da Buick deixou de ser os EUA, mas sim a China, a nova linguagem visual da marca é focada nesse mercado do que à terra do Tio Sam. Prova disso é que ele traz estilo bem semelhante a outros modelos chineses e um tanto quanto genérico, diferente do que era a Buick até então.
A dianteira revela faróis finos de LED acompanhados pelo logotipo novo da marca. No para-choque está a entrada de ar trapezoidal conectada aos faróis principais. Na versão de luxo Avenir, a grade é cromada e a parte inferior da carroceria traz pintura combinando com o restante do carro, não em preto.
A traseira é esguia, com vidro bem inclinado e sem limpador, tal qual o Fiat Fastback. Lanternas finas marcam o estilo bastante parecido com os SUVs cupês da Mercedes-Benz. Tal qual o Tracker, a placa fica no para-choque em uma sessão de plástico preto (exceto, claro, a versão Avenir).
O que falta à Montana
A cabine é bem mais luxuosa que a do Tracker e do que a da Montana, mas tem familiaridade. A central multimídia ligada ao painel de instrumentos totalmente digital é um layout muito semelhante ao da caminhonete brasileira, enquanto as linhas arredondadas se conectam visualmente aos Chevrolet. O acabamento é melhor, com couro no painel.
À venda nos EUA e a na China, o Buick Envista custa entre US$ 25.195 e US$ 29.695 (algo em torno de R$ 125 mil a R$ 147 mil). Vale lembrar que no Brasil não temos a Buick, a GM não vai investir no Envista por aqui. O Tracker, apenas por critério de comparação, custa entre R$ 127.690 e R$ 162.650 e não é oferecido nos EUA.
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