A General Motors (GM) está enfrentando as consequências de sua decisão de abandonar o Apple CarPlay e o Android Auto em favor do desenvolvimento de seu próprio sistema interno. Nos últimos meses, a empresa teve que lidar com revendedores céticos, enquanto mantinha a convicção de que seu sistema interno seria convincente. Agora, a GM alega que o Apple CarPlay e o Android Auto realmente causam problemas de segurança.
Segundo Tim Babbit, chefe de produto de infotainment da GM, em entrevista à Motor Trend, a decisão da GM se baseia na lógica de que o Apple CarPlay e o Android Auto incentivam o uso do celular ao volante. Babbit explica que esses sistemas apresentam problemas de estabilidade, como conexões ruins, renderização deficiente, respostas lentas e conexões perdidas. Quando esses problemas ocorrem, os motoristas tendem a pegar o celular novamente, desviando os olhos da estrada e colocando em risco a segurança.
A GM acredita que um sistema de infotainment integrado e eficiente reduzirá a necessidade dos motoristas usarem o celular enquanto dirigem. No entanto, Babbit admite que a GM não testou essa teoria em um ambiente controlado para comprovar sua veracidade.
Novo sistema da GM
Para alcançar esse objetivo, a GM lançará seu novo sistema chamado Ultifi no Chevrolet Blazer EV 2024. O Ultifi incorporará aplicativos do Google diretamente no sistema, como o Google Maps. A expectativa é que os clientes usem esses aplicativos para obter mais controle por voz, realizando tarefas como chamadas, mensagens de texto e controle dos sistemas de áudio e clima.
No entanto, a decisão da GM não se trata apenas de melhorar a experiência tecnológica do motorista. A empresa também espera coletar dados valiosos dos motoristas e gerar receita por meio de serviços de assinatura. Além de possibilitar compras de produtos da marca ou parceiros diretamente pelo sistema de infotainment do carro, a montadora está considerando oferecer serviços de assinatura que seriam gerenciados pela mesma interface. Edward Kummer, chefe de digital da GM, afirmou à Reuters que as montadoras veem as assinaturas como uma enorme fonte de receita a ser explorada, com a GM esperando arrecadar até US$ 25 bilhões por ano apenas com assinaturas até 2030.
Agora resta aguardar para ver se a aposta da GM será bem-sucedida quando mais veículos forem lançados com o sistema Ultifi a partir do próximo ano. A empresa enfrentará o desafio de convencer os consumidores sobre a segurança e eficiência de seu sistema interno, enquanto também busca lucrar com serviços de assinatura e coleta de dados dos motoristas.
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