Desde que a Dodge anunciou que se transformaria em uma marca elétrica, assim como todas as outras da Stellantis, os fãs temeram. Afinal, ela é conhecida por fazer muscle-cars com estúpidos motores V8 roncadores e de potência cada dia mais absurda. Mas depois do Alfa Romeo Tonale vestido de Dodge com motor de Jeep Compass 4xe, ela foi além.
Revelado ainda como conceito, o novo Dodge Charger Daytona SRT é a primeira representação do futuro da marca norte-americana. Sim, muscle-cars serão elétricos no futuro e a Stellantis mostrou como vai fazer isso.
Ao invés de um motor V8 gigantesco na dianteira com escapes produzindo um som tão alto que disparam alarmes de carros alheios, ele será movido por energia elétrica. A Dodge não divulgou a potência, mas especulações dizem que o Charger Daytona terá mais de 800 cv. A promessa é que ele será mais rápido que um Hellcat.
Ronco de V8 na tomada
Se você concorda que um muscle-car precisa ser barulhento, fique tranquilo. O modelo será equipado com um sistema chamado de Fratzonica Charmered Exhaust o que produz 126 dB de barulho artificial do motor. É tão alto quanto o motor V8 Hellcat. O sistema promete roncos viscerais e que manterão a alma dos muscle-cars de verdade.
Ele terá também uma transmissão automática eRupt com várias marchas diferentes, produzindo a sensação clássica de um muscle-car. Carros elétricos como Audi RS e-tron GT e Porsche Taycan contam com um câmbio de duas marchas em que é sentida a troca. A Dodge promete ir além e trazer a sensação do carro a combustão ao elétrico.
Há ainda um sistema PowerShot o qual libera toda a cavalaria do modelo por alguns segundos para fazer ultrapassagens ou arrancadas. Por ser tração integral e um modelo totalmente voltado à diversão ao volante, a Dodge ainda permite que o Charger Daytona fique parado no lugar fritando os quatro pneus ao mesmo tempo.
Charger meio Challenger
Na parte estética ele está mais para Challenger do que par os últimos anos do Charger. Isso porque o modelo atualmente é um sedã de quatro portas com porte generoso, enquanto o conceito Daytona remete às variantes dos anos 1970 em que ele era um cupê clássico.
Prova disso está na do fato de que ele tem apenas duas portas, como o Challenger. A dianteira traz faróis compostos por uma fita de LED e dois blocos luminosos horizontais de cada lado dentro do que seria a grade frontal de um modelo a combustão. A abertura de ar de fato fica no para-choque e é auxiliada por uma saia aerodinâmica.
Na traseira temos lanternas interligadas formadas por dois retângulos de LED. O novo logotipo que remete aos Dodge dos anos 1960 e 1970 é iluminado tanto na dianteira, quanto na traseira. O visual é bem quadrado, típico dos muscle-cars, além de ter lateral com perfil garrafa de Coca-Cola que se tornou tão clássico no auge da categoria.
A cabine transmite luxo e modernidade. Uma sessão de pontos de LED na parte superior do painel parece abraçar motorista e passageiro ao se dirigir em direção às portas. Há luzes também no console central e, surpreendentemente, no volante, onde o logo SRT é iluminado assim como os pontos de contato entre o aro do volante e o miolo.
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