No dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. E se você acha que carro é sinônimo de poluição, está na hora de rever os seus conceitos. Tem muita montadora por aí que, além de disponibilizar carros sustentáveis (como elétricos e híbridos) no portfólio, executam ações que levantam essa bandeira.
A Toyota, por exemplo, além de aumentar a frota de carros híbridos por aqui – além do Prius, agora, tem Corolla e RAV4 -, tem seu braço sustentável, vulgo Fundação Toyota, que nasceu em 2009 a fim de contribuir com o desenvolvimento sustentável do planeta por meio de atividades de preservação ambiental e formação de cidadãos. Para a empresa, são as pessoas que fazem a diferença nessa guerra.
Sua causa principal é a recuperação e preservação da Mata Atlântica. E não é só isso, pois as espécies de animais também estão na rota de proteção da Fundação, como o Projeto Arara Azul, por exemplo, que foca na preservação ambiental na região do Pantanal sul-mato-grossense. Aliás, em todas as comunidades onde a empresa opera há projetos sociais: Indaiatuba (SP), Guaíba (RS), Porto Feliz (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Sorocaba (SP).
A Fiat também é engajada em práticas de sustentabilidade e, em suas fábricas, 100% dos resíduos gerados vão para a reciclagem. Os processos incluem a otimização do uso de energia (onde o consumo reduziu em 40% por conta da implantação de lâmpadas de LED) e água, destinação de resíduos, ações de ergonomia e aplicação da indústria 4.0. De acordo com a marca, até mesmo a rede de concessionárias tem estruturas ambientalmente adequadas.
Metas e ações
Por conta da queda nas vendas de automóveis no Brasil, causada pela pandemia da Covid-19, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) acaba de revisar a meta de licenciamentos para 2020. Sim, isso quer dizer que menos veículos serão colocados nas ruas, mas, e a frota que está aí, circulando, emitindo gases, derramando óleo e, consequentemente, causando alterações climáticas? Há o que fazer?
Claro! Afinal, como apontam especialistas, soluções como o compartilhamento de carros através de caronas e viagens compartilhadas em veículos por aplicativo reduzem cada vez mais a frota em circulação. Sem contar o uso de bicicletas que, na Europa, está ainda mais forte após o susto da pandemia, que obrigou as pessoas a se distanciarem umas das outras por conta do risco de contágio pela Covid-19.
Carros elétricos
Com empresas cercando cada vez mais todas as áreas da sustentabilidade, como processo produtivo, emissões e, também, produto, boa parte das fabricantes já possuem seus modelos ambientalmente amigáveis. Sim, trata-se de uma solução bastante conhecida, mas que ainda caminha a passos curtos no Brasil, com poucos (e caros!) modelos.
Montadoras já vêm oferecendo esse tipo de veículo por aqui, com boas opções de modelos. Por meio de reserva, o Leaf, por exemplo, pode ser uma boa. Com estética bem resolvida, o modelo traz diversas soluções tecnológicas e autonomia de 240 quilômetros. Nada mal para o padrão do brasileiro, que anda em média 40 km/dia.
Mundialmente reconhecida pelos modelos de alta performance, a Porsche também caiu nas graças da sustentabilidade e já oferece modelo híbrido por aqui: o Panamera E-Hybrid. O esportivo tem 462 cv e chega aos 100 km/h em 4,6 segundos. Quer relembrar seu desempenho?
E não precisa ir tão para cima, afinal, tem carros mais acessíveis na área, como Chevrolet Bolt EV, BMW i3, Renault Zoe, entre outros modelos. A JAC Motors, aliás, tem carros, picape e até caminhão com propulsão puramente elétrica. O iEV20, por exemplo, é o elétrico mais barato a venda no Brasil. Custa R$ 137,9 mil.
Na outra ponta tem o Audi e-tron, capaz de rodar mais de 400 quilômetros e sem deixar o fôlego de lado. Tem 408 cv e torque (imediato, como todos os carros elétricos) de 67,7 kgfm. Porém, o preço é bem salgado. Afinal, nem todo brasileiro tem R$ 602 mil (modelo completo, com todos os opcionais) para pagar por um carro apenas porque há emissão zero.
A Volvo que, aliás, já até andou participando do Salão do Veículo Elétrico para demonstrar os predicados de seu portfólio sustentável, tem as variantes híbridas de XC40, XC60, XC90, S60 e S90. A partir de 2025, a marca quer ter 1 milhão de veículos eletrificados e tem a visão de ser neutra em relação ao clima em toda a sua cadeia de operações até 2040.
Aliás, a última cartada da marca sueca é a promoção que reembolsará, por um ano, o valor gasto em energia elétrica pelos proprietários de veículos híbridos adquiridos em junho. A ação visa motivar os clientes a consumir mais a energia das baterias, reduzindo as emissões de gases poluentes.
“Somos a marca premium líder em vendas de veículos eletrificados no Brasil e com essa ação queremos recompensar nossos clientes, por usarem seus carros sem emitir poluentes, e incentivá-los a cada dia mais usá-los rodando com energia elétrica”, destaca João Oliveira, diretor geral de operações e inovação da Volvo Car Brasil.
O Brasil ainda está distante da estrutura ideal para carros elétricos. Postos de recarga não são tão comuns e, sim, podem apresentar problemas, deixando o proprietário ‘na mão’. Para carregar em casa, leva mais tempo e, também, gasta energia – embora a conta seja clara: o gasto é menor do que com combustível.
Em resumo, o conceito de sustentabilidade é essencial para equilibrar produção e uso de carros e preservação do meio ambiente. No caso das montadoras, quase todas desenvolvem à sua maneira projetos que preservam recursos e ecossistemas, seja por meio de ações ou dos próprios carros em si. Há muito a se fazer, mas tem bastante coisa em andamento quando o assunto é carro e meio ambiente.
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