“O torque vem do motor e passa pelo conversor, que transforma essa energia em tração para as rodas. Em câmbios automáticos convencionais, engrenagens simulam as trocas de marcha, já no CVT isso não acontece, pois as relações são progressivas e contínuas”, explica Ednei Navarro, supervisor sênior de pesquisa e desenvolvimento da Caoa Chery.
Neste momento, você deve estar se perguntando: “Qual a necessidade dessa explicação?”. O intuito é, justamente, detalhar o funcionamento da transmissão CVT, que é a principal novidade da linha 2021 do sedã Arrizo 5, da Caoa Chery.
Até então, o modelo usava outro CVT, que simulava sete velocidades. Hoje, são nove relações. Os benefícios passam por economia extra de combustível (11% melhor em relação ao modelo anterior), bomba de óleo 30% mais eficiente e desempenho superior em arrancadas e ladeiras. De acordo com os executivos da marca, a primeira marcha ficou 9% mais curta e, para garantir menos rotação e mais economia, a última agora é 12% mais longa.
Embora a montadora divulgue consumo de 12,9 km/l na estrada, quando abastecido com gasolina, feito que rendeu nota B pelas medições do Inmetro/Conpet, o sedã cravou quase 18 km/l durante test-drive, nas mesmas condições.
O motor 1.5 Turbo Flex não foi mexido e permanece com os mesmos 150 cv de potência máxima, mas o torque do Arrizo 5 teve aumento de 19,4 kgfm (a 1.500 rpm) para 21,4 kgfm, a 1.750 giros. Isso resultou num 0 a 100 km/h em 9,9 segundos – nove décimos mais rápido que o modelo anterior.
Outras novidades
Também são novos o quadro de instrumentos, que engloba computador de bordo com alerta de pressão dos pneus, aviso de fadiga, entre outros mecanismos. O freio de estacionamento por tecla também é novidade na linha 2021, assim como o design das rodas da versão topo de linha RTS.
E, por falar em versões, a nomenclatura abandonou as siglas RX e RXT e passa a atender por RT e RTS. Os preços são de, respectivamente, R$ 74.590 e R$ 83.590. Já estão disponíveis nesta semana na rede de revendas da marca.
Impressões ao dirigir
O test-drive entre a capital paulista e a cidade de Nova Odessa, no interior do Estado, foi suficiente para comprovar o salto em qualidade da nova transmissão CVT criada pela engenharia da Caoa Chery.
Na prática, o motor trabalha cheio, com giro alto em boa parte do trajeto. Por isso, a dica é optar pelo modo sequencial que, ainda assim, limita certas mudanças de marcha, dependendo da velocidade. Por exemplo, na estrada, a 120 km/h, impossível cair para segunda marcha. Nessas horas, só recorrendo ao freio para redução de velocidade.
Aqui, nada de aletas atrás do volante. E os modos de condução Eco e Sport, praticamente, não geram diferença na condução – nem em giro, nem em ruído.
Itens
O sedã, que tem 2,65 metros de entre-eixos e porta-malas de 430 litros, usa partida sem chave e tem sistema multimídia com tela de oito polegadas com espelhamento Android e Apple CarPlay.
Controle de estabilidade e de tração, sistema ISOFIX, direção elétrica e ar-condicionado eletrônico (poderia ser digital) são de série, assim como a câmera de ré e o volante multifuncional com ajuste de altura – não tem regulagem de profundidade. O teto solar vem apenas na versão mais cara do concorrente de Honda City, Toyota Etios Sedan e Volkswagen Virtus.
Veja mais:
>> Caoa Chery Arrizo5 tem recall por falha em indicador do combustível
>> Caoa Chery Tiggo 5X atualiza visual na linha 2021
>> Volkswagen Virtus GTS chega por R$ 104.940