Quando uma ideia é boa, não demora tempo a ser copiada: especialmente no mundo dos carros. A . Outro exemplo foi a grade iluminada da Volkswagen ou o mercado de SUVs esportivos, que nasceu por causa do Porsche Cayenne. Dá até para citar as picapes intermediárias por . Mas nem sempre isso da certo.
Algumas marcas surgem com uma inovação ou interpretação diferente do segmento, até vira moda, mas logo o mercado alerta para o fato de ser uma ideia de jerico. Por isso reunimos aqui cinco tentativas frustradas das fabricantes de carros em tentar algo diferente…mas que nunca deu certo.
Sedã aventureiro
Versões aventureiras geralmente são ligadas a hatches e peruas, enquanto os sedãs tendem a seguir abordagens mais elegantes ou esportivas. Mas há marcas que insistem na ideia de se fazer um sedã com visual off-road. A primeira tentativa foi no começo dos anos 2000 com o Subaru Outback Sedan. Não deu certo.
Aí houve uma insistência por parte da Volvo com o S60 Cross Country, que durou tão pouco que a marca parece ter se arrependido. Por fim, a Renault fez uma versão Stepway do Logan para a Rússia, enquanto aqui no Brasil o espírito aventureiro no sedã foi sem querer. Culpa do câmbio CVT que exigia mais altura do solo. Foi um fracasso e morreu em menos de um ano.
Automatizado de embreagem única
Apesar de ter durado bastante tempo na Europa e funcionar para a Índia, as transmissões automatizadas de embreagem única aqui no Brasil sempre estiveram fadadas ao fracasso. A ideia era baixar o custo para se ter um carro sem pedal de embreagem, mas o sistema custava quase tanto quanto um câmbio automático tradicional.
Isso sem contar os constantes trancos nas trocas de marchas que renderam apelidos maldosos como Trancologic e I-Tranco para as transmissões Dualogic e I-Motion de Fiat e Volkswagen, respectivamente. O último carro com esse tipo de transmissão, o Fiat Cronos GSR, morreu em 2019 e não fez a menor falta.
SUV conversível
A combinação entre utilitários e teto aberto não é antiga. Afinal, os parrudos jipes de guerra sempre foram conversíveis. Mas a ideia de juntar a interpretação moderna dos SUVs aos carros conversíveis nunca deu certo.
A Nissan tentou com o Murano Cross Cabriolet e ele é considerado um dos carros mais feios do mundo. Já a Land Rover fez um bom trabalho com o Evoque conversível, mas ele não passou de uma geração. Hoje a VW tem o T-Roc Cabriolet, sendo ele o único SUV conversível do mundo: isso se não considerar que Ford Bronco e Jeep Wrangler podem ter o teto desmontado.
Semi-automático
No começo dos anos 2000, as marcas já tentavam arrumar jeitos de abolir a transmissão manual. Fiat, Mercedes-Benz e Chevrolet tentaram transformar a experiência de dirigir com Palio Citymatic, Classe A semi-automática e Corsa Autoclutch. Só que a transformação foi para pior. Muito pior.
O câmbio manual recebia um atuador eletrônico para acionar a embreagem. Na prática, o motorista tinha que trocar as marchas manualmente, mas sem usar a embreagem. Como na época não havia assistente de partida em rampa, comumente esses carros não conseguiam subir ladeiras. Sem contar que o estresse no sistema fazia quebrar fácil e muitos semiautomáticos hoje foram convertivos em manuais comuns.
Tudo touch
Ao que tudo indica, as marcas finalmente entenderam que não dá para tudo ser touch em seus carros. Depois de uma invasão de telas e comandos sensíveis ao toque até no volante, a maioria das fabricantes está voltando atrás.
Prova disso é que a Volkswagen prometeu voltar a usar botões físicos em seus carros em breve, especialmente depois das reclamações constantes sobre o sistema de ar-condicionado sensível ao toque e volante com botões touch. A Honda também foi na mesma pegada e agora todos os carros da marca tem ar-condicionado controlado por botões de verdade.
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