Desde que a Renault mudou de rumos aqui no Brasil e deixou de apostar em uma linha europeia para trazer modelos da Dacia, ela alavancou nas vendas. Contudo, essa decisão deixou os brasileiros de fora dos carros mais legais que a marca tem hoje em dia. Ainda que tenhamos o Sandero RS, que nunca foi oferecido lá fora.
Por isso, selecionamos aqui cinco carros legais que a Renault já vendeu ou vende lá fora e que nunca foram vendidos no Brasil.
Clio V6
Perigando ter o título de carro mais legal já produzido pela Renault, o Clio V6 é uma prova da . Afinal, que outro país teria coragem de colocar o motor V6 de um sedã grande na traseira de um hatch compacto? Apesar disso, a intenção era criar uma categoria própria de corrida e assustar muito esportivo por ai.
Em relação ao Clio normal, o V6 tinha carroceria 18 cm mais larga, o que era evidenciado pelos para-lamas abaulados e pela fenda enorme na região das portas. Do Renault original, esse modelo tinha apenas capô, faróis, tampa do porta-malas, lanterna traseira, além de teto e vidros. O V6 entregava 230 cv antes da reestilização e depois subiu para 255 cv na fase 2.
Clio RS e Mégane RS
Ainda que nós brasileiros tenhamos o Sandero mais legal do mundo, o apimentado RS, os europeus tem algo ainda mais interessante: Clio RS e Mégane RS. A atual geração do hatch compacto já não tem mais a versão apimentada, mas em sua encarnação anterior usava motor 1.6 turbo que chegou a 200 cv na edição especial 200 EDC.
Já o Mégane RS conquistou por várias vezes o título de carro com tração dianteira mais rápido de Nürburgring. O atual modelo tem motor 1.8 quatro cilindros turbo de 300 cv na versão Trophy, enquanto o RS normal entrega 280 cv. Será o último Mégane RS a combustão, já que a recém apresentada nova geração do Mégane é 100% elétrica e agora se transformou em SUV.
Avantime
No começo dos anos 2000, as minivans eram a grande febre do momento, tal qual os SUVs. Tudo era influenciado por elas e algumas misturas começaram a acontecer. Mas só a Renault teve a coragem de fazer uma minivan esportiva. E foi além: uma minivan de duas portas, com motor V6 e visual de carro conceito (pelo menos por fora).
A Avantime foi produzida entre 2001 e 2003 e menos de 9 mil unidades saíram da linha de produção na França. Ela tinha motor V6 do Laguna, duas portas gigantescas, teto de vidro e visual bastante exótico. De tão diferentona, a Renault Avantime ditou os elementos de design que compuseram os outros modelos da marca francesa por alguns anos.
Captur
Sim, . Mas a diferença para o modelo europeu é insana. Já em nova geração, o modelo é construído sobre a plataforma modular da Renault CMF-B, a mesma do novo Clio, Nissan Micra e diversos modelos mais sofisticados. Apesar disso, ele é um pouco menor que o nosso Captur, feito sobre a base B0 do Duster.
O interior tem acabamento verdadeiramente bom, no nível de Jeep Renegade e Honda HR-V. Há uma enorme tela vertical estilo tablet, painel digital e console alto inspirado no Zoe. Lá como cá, tem motor 1.3 quatro cilindros turbo, mas há também opção 1.0 três cilindros turbo e um híbrido plug-in com 45 km de autonomia elétrica.
Triber
Produzida somente na Índia, a Triber é um caso muito interessante de aproveitamento máximo de espaço interno. Com plataforma de Renault Kwid e o mesmo comprimento de um Fiat Argo, ela consegue carregar sete pessoas com conforto. É um feito que a primeira geração da Scénic, que um dia foi produzida por aqui, nunca conseguiu, mesmo sendo bem maior.
Turbinada, a Renault Triber usa motor 1.0 TCe três cilindros turbo de 100 cv e 16,3 kgfm de torque. Há opção de câmbio CVT, o mesmo usado por outros carros da marca francesa. Contudo, a maioria das versões vem equipada com transmissão manual de seis marchas.
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