Um dos lançamentos mais aguardados de 2022, ainda que só chegue às lojas em 2023, a Chevrolet Montana têm despertado muita atenção. Em sua terceira geração, ela subiu de categoria para deixar de brigar diretamente com a Fiat Strada para partir para cima de Renault Oroch e Fiat Toro.
Mas, se no passado a Montana foi a picape do Corsa e depois do Agile, ela agora deixa de ser a caminhonete do Onix? Não exatamente. Ela pode não ter a mesma frente ou porte do Onix, mas na essência essa característica não mudou. Há muito de Onix e Tracker na nova Montana.
Alma e coração de Onix
Começa pela plataforma GEM. Essa base desenvolvida para mercados emergentes foi inaugurada em 2018 pelo Buick Excelle e é usada também pelo Encore e pelo Encore GX. Já do lado Chevrolet temos Onix, Onix Plus, Tracker, Trailblazer (americano/chinês) e agora a Montana. Todos feitos sobre a mesma base.
Isso implicou também no uso de motores três cilindros. Essa plataforma limita bastante a aplicação de motores maiores, tanto que todos os modelos feitos com essa base, sem exceção, usam somente opções três cilindros, variando entre 1.0, 1.2 e 1.5, em opções turbo e aspirada.
No caso da Montana, ela conta com o 1.2 turbo que era usado somente pelo Tracker Premier aqui no Brasil. São 132 cv e 19,4 kgfm de torque. Na China, o Onix também é equipado com esse motor. A transmissão é automática de seis marchas, comum a todos os modelos da base GEM no Brasil, mas haverá opção manual.
Trailblazer e família
Esteticamente a nova Chevrolet Montana se parece bastante com o Trailblazer chinês/americano. A frente tem o mesmo layout de faróis divididos, com parte superior fina conectada à grade frontal. É bem provável, inclusive, que a frente da Montana possa ser usada no Trailblazer quando ele for reestilizado.
Só que o interior não tem uma peça em comum com o Trailblazer. A realidade é que a nova Montana segue a linha de design do Tracker e do Onix, mas já aponta para mudanças internas feitas no SUV na China e que devem aparecer por aqui. Exemplo é o painel de instrumentos ligado à central multimídia por uma placa preta.
O que é estranho é que a Chevrolet usou o painel de instrumentos analógico do Onix com tela monocromática em um layout de painel que pede por um quadro de instrumentos digital. Será que isso ficará somente para uma futura reestilização da caminhonete? Porque na China o Tracker já tem painel digital.
As hastes de comando atrás do volante e o próprio volante são os mesmos do Onix, assim como os comandos do ar-condicionado e a manopla de câmbio. Do Tracker vêm os botões de pisca alerta, controle de tração e estabilidade e trava das portas. Além disso, o painel de porta dianteiro é o mesmo do SUV, mas com diferente saída de som e mais couro.
Outros pormenores como luzes de teto, retrovisor interno e quebra-sol são todos herdados do Tracker. Os bancos dianteiros também vieram do SUV, enquanto os traseiros são exclusivos para a picape.
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