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Chevrolet Corsa: um jovem com 30 anos de bagagem

A primeira aparição do Chevrolet Corsa no Brasil completa 30 anos e o hatch compacto sempre chamou atenção e criou sua legião de fãs

Chevrolet Corsa [divulgação]
Chevrolet Corsa [divulgação]

O ano de 2024 é bastante especial para a Chevrolet, já que ela anunciou um grande investimento no Brasil, terá diversos lançamentos e também porque seu hatch compacto Corsa fará 30 anos. Se engana quem pensa que ele surgiu apenas em 1994, pois sua primeira versão veio da Opel e em 1983.

Na década de 1980, a Opel, que já era uma subsidiária da GM lá fora, projetou o hatch compacto. Quadrado em todas as medidas, a dianteira dele relembra o Monza. O primeiro Corsa de todos tinha 3,50 m de comprimento e um desempenho excepcional para sua época e seus concorrentes. Ele chegou ao mercado europeu com motores 1.0, 1.2, 1.3 e 1.4. Um de seus diferenciais era ser econômico, dado o baixo peso e um propulsor adequado. Pouco depois chegou o Corsa GSi, que era esportivo, já; que tinha um motor 1.6 de 100 cv.

Mas, toda a vida do Chevrolet Corsa mudou a partir de 1994. No mesmo ano em que o Brasil comemorou o título de tetracampeão mundial pela Copa do Mundo da Fifa, a montadora norte-americana apresentou o Corsa Wind. Mais encorpado que a antiga geração, o Corsinha que também virou brasileiro tinha visual mais arredondado e até carismático. Ele foi uma resposta da Chevrolet para o Volkswagen Gol e Ford Escort, os quais receberam os motores 1.0, um fenômeno daquela época. O Corsa Wind tinha como um diferencial bem tecnológico e chamativo para este momento, vir equipado com injeção eletrônica no motor.

Corsa é um MC Catra dos carros

Com todos seus atributos e inovações para 1994, o Corsa começou a conquistar espaço no mercado. Tanto é que trouxe uma família inteira para fazer companhia. Assim, nascia o Corsa wagon, Corsa sedã e Corsa pick-up. Mecânica simples, desenho atrativo, preço competitivo e tecnologia avançada eram os pilares dessa nova linha da marca norte-americana. De todos, o hatch foi quem mais fez sucesso e em 1999 já tinha fãs no mundo todo.

Para começar o novo século com pé direito, em 2002, a Chevrolet promoveu uma forte reestilização no Corsa. Agora, ele deixa de ser Wind e vira o Corsa que ficou anos no mercado brasileiro. Ele passou a ser o segundo carro no portfólio da marca, pois o Celta já havia nascido. Também inspirado nos moldes europeus, a linha do hatch ficou mais refinada e tão tecnológico quanto a geração anterior. Na linha 2002, os Corsa podiam ter motor 1.0 ou 1.8. Ele fez tanto sucesso que finalizou 2002 com mais de 130 mil unidades vendidas e só perdeu para o Volkswagen Gol.

Em 2003, a Corsa pick-up se despediu do mercado e no lugar veio a primeira geração da . Essa geração foi tão valente, que seguiu na ativa até 2010. No mesmo período, a minivan Meriva deu às caras e vinha com o propósito de tirar a paz do Citroën Xsara Picasso, Renault Scénic e também era mais barata do que a Chevrolet Zafira. Ambas novidades compartilhavam da mesma mecânica e fuça do Corsa. Quem também surgiu foi o sedã Classic.

O Chevrolet Corsa sedã recebeu uma reestilização e seguiu o hatch, mas também tinha o Classic. Mais barato e menos refinado, ele se tornou um sucesso de vendas. Sua racionalidade, mecânica simples e espaço maior que o Celta, tiveram sua parcela de ajuda.

Fim abrupto na década de 2010

Em 2012, a Chevrolet deixou de produzir a linha do hatch compacto. Ele já tinha vendido muito em toda sua vida e a marca já entendia que não havia mais espaço pra ele. Afinal de contas, o Agile tinha seu público, apesar de ser antiquado para a época, e o Corsa carecia de mudanças mais significativas em seus motores e desenho. O Classic seguiu vivo mais um pouco e saiu de cena em 2016.

Aqui, a Meriva, os Corsa hatch e sedã e a primeira geração da Montana se despediram dos brasileiros. Em seus lugares vieram a Spin, o Agile e o Onix e a Montana baseada no Agile. Desde então, o Chevrolet Corsa mudou muito e segue vivo na Europa. Todavia, não é mais Chevrolet e voltou as origens e é um Opel agora.

Aliás, a GM e a Opel já não são mais as parceiras que foram antes, tanto é que a atual dona do Corsa pertence à Stellantis. Atualmente, o Corsa é bem mais tecnológico, tanto é que até versão 100% elétrica tem. E ele virou primo do Peugeot 208, Citroën C3, Fiat 500 e outros carros. O Corsa segue bem feliz em outro continente e com faz falta aqui no país tropical.

Já andou em um Corsa? Tem alguma história com ele? Conte nos comentários

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