Logo após colocar a pedra fundamental na planta de Camaçari, na Bahia, a BYD acreditava estar bem próxima de ter sua fábrica no Brasil. Contudo, a marca nacional, Lecar, agora quer entrar na briga para se tornar a dona desse espaço industrial. A nova montadora está empenhada em ir até o limite para ter a planta baiana sob seu domínio.
O que aconteceu é que a Ford repassou o prédio, toda a parte de maquinário e até o terreno para o governo baiano. Nesse período, começou uma ação batizada de chamamento público, onde outras empresas podiam demonstrar interesse de compra nesse espaço e a BYD foi a primeira a realizar sua proposta. Só que, Flávio Figueiredo Assis, fundador da Lecar, revelou que também entrou na disputa pelo espaço e que os políticos baianos já pediram quais são seus futuros planos para o local.
Na visão de Flávio, o que mais chamou a atenção para a planta foi estar em bom estado para a produção de carros. Por isso que sua empresa resolveu entrar na disputa com a BYD. O edital para ocupação dessa fábrica possui alguns requisitos e a empresa que oferecer projetos mais vantajosos levará a melhor. Volume de investimento, faturamento estimado, metas de desempenho, número de empregos diretos e indiretos criados, início da operação, padrões de qualidade e sustentabilidade são alguns pontos exigidos.
Disputa promete ser acirrada
Comandada por Flávio, a Lecar quer valorizar a cadeia automotiva nacional. O previsto pelo empresário é utilizar em grande maioria, a mão de obra brasileira, com fornecedores locais, criar parcerias com empresas nacionais, recontratar os funcionários demitidos pela Ford e mais razões. Ele revelou que investirá mais do que os R$ 3 bilhões anunciados pela BYD e que pretende produzir mais carros do que a marca chinesa.
Um dos projetos que a Lecar visa fabricar na antiga fábrica da Ford é um hatch compacto 100% elétrico. Ele que futuramente será rival do novo BYD , poderá carregar até 5 pessoas, deverá ter autonomia nos arredores de 300 km, terá bom espaço interno e seu preço próximo dos R$ 100 mil. Seu foco atual é no sedã elétrico, apelidado de Model 459 e que será feito no Rio Grande do Sul.
Qual será o final desta batalha? Qual das marcas levará a melhor? Conte nos comentários
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