Finalmente a espera terminou e o BYD Dolphin Mini chegou ao Brasil. Antes mesmo da sua estreia, ele foi o responsável por fazer a Renault baixar o preço do Kwid E-Tech para R$ 99.990. Mas agora com o lançamento oficial feito e o preço de R$ 115.800 revelado, será que até os carros compactos a combustão vão precisar se mexer?
Por enquanto, a BYD venderá o Dolphin Mini em versão única no Brasil, com pacote de itens fechados e cinco opções de cores (considerando variantes de interior). Para o nosso mercado, foi escolhida a variante de 75 cv e 13,7 kgfm de torque. Lembrando que o motor é elétrico e na dianteira.
Segundo a marca, o Dolphin Mini roda até 280 km com carga completa, seguindo o ciclo INMETRO. Como a medição nacional é muito pessimista, espere por autonomia no mundo real de mais de 300 km. As baterias do tipo Blade são de 38 kWh e podem ser recarregadas em até 40 kW em um carregador do tipo DC. Em AC, são 6,6 kW.
Como outros carros elétricos, a carga de 30% a 80% é mais rápida, fazendo a recuperação de energia em 30 minutos em um carregador de 40 kW. De série, o BYD Dolphin Mini conta com freios a disco nas quatro rodas, algo raro até para carros na faixa dos R$ 100 mil. Vale ressaltar que o 0 a 100 km/h em 14,9 segundos o torna o segundo carro mais lento do Brasil.
Entre subcompactos e compactos, mas com altura de SUV
Na ficha técnica, o BYD Dolphin Mini não é tão mini assim. São 3,78 m de comprimento, 1,71 m de largura, 1,58 m de altura e entre-eixos de 2,50 . Ou seja, comprimento intermediário entre os compactos de entrada (HB20, C3, Polo, Argo) e os subcompactos (Mobi e Kwid). Contudo, a largura é a mesma de um C3, enquanto a altura é igual a de um Honda HR-V.
O entre-eixos de 2,50 m é igual ao de um Fiat Argo para privilegiar o espaço interno. Contudo, o porta-malas foi sacrificado com apenas 230 litros de capacidade. Assim como o Dolphin, o Mini é feito sobre a plataforma e-Platform 3.0 da BYD e já conta com preparação para diversos sistemas de segurança avançada, incluindo ACC, ainda não disponível aqui.
Itens de série
De série, o BYD Dolphin Mini conta com rodas de liga-leve de 16 polegadas, faróis de LED com acendimento automático, luz traseira de neblina, chave presencial, vidros elétricos nas quatro portas com função um toque para o motorista, painel de instrumentos digital, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay e carregador de celular por indução.
Há ainda elementos como banco elétrico para o motorista, revestimento interno de couro, ar-condicionado digital de uma zona, freio de estacionamento elétrico, seis airbags, controle de tração e estabilidade, sensor e câmera de ré, monitoramento de pressão dos pneus, direção elétrica com ajuste de altura e profundidade, além de seletor de modo de condução.
Cores e interiores
O BYD Dolphin Mini será oferecido no Brasil em cinco opções de colocação diferentes, considerando combinações internas e externas. Ele terá a cor Polar Nigh Black (preto), Peach Pink (rosa), Apricity White (branco) e Sprout Green (verde). A BYD não fará cobrança adicional por nenhuma opção de cor.
No interior, a tonalidade depende da cor da carroceria. O branco é o único em que o comprador pode escolher qual cor quer para dentro: rosa ou azul escuro. O Dolphin Mini rosa, claramente tem interior rosa, enquanto o preto recebe interior azul escuro. Já o verde recebe interior azul claro com detalhes em verde.
Junto do lançamento do Dolphin Mini, a BYD revelou os preços de revisão do modelo. Segundo a marca em seu comunicado, os preços são válidos até 29/02/2024, podendo sofrer alterações depois disso. Hoje, o modelo só precisa fazer paradas a cada 20 mil km ou um ano.
As revisões de número ímpar, ou seja, primeira, terceira, quinta e assim por diante até 180 mil km custam R$ 370. Já as paradas de número par, ou seja, segunda, quarta, sexta e assim por diante, até 200 mil km, tem o preço tabelado em R$ 1.000. Com isso, o BYD Dolphin Mini tem o menor custo de revisão entre todos os compactos no Brasil.
Mercado Livre
Além de já ter mostrado o Dolphin Mini no programa do Luciano Huck, a BYD também passou a comercializar o modelo no Mercado Livre. O primeiro lote vendido pela plataforma tinha desconto de R$ 10 mil sobre o preço tabelado de R$ 115.800. Ou seja, quem comprou os primeiros, pagou só R$ 105.800.
Visual
Com estilo monovolume, o BYD Dolphin Mini maximizou o espaço interno em detrimento do externo. A marca colocou as rodas nas extremidades, deixando os balanços bem curtos. A influência dos SUVs vem na presença de muito plástico preto na parte inferior da carroceria, inclusive nos arcos de roda.
A frente tem faróis finos e com cortes secos, dando um aspecto menos simpático que seu sorridente irmão Dolphin. A grade frontal é formada por um trapézio ligado a dois prolongamentos paralelos. Na lateral, linhas fortes marcam as portas, que ainda contam com reentrâncias na parte inferior.
Já na traseira, o Dolphin Mini apresenta lanternas conectadas e um aerofólio enorme. O vidro é bem reto, mas a tampa do porta-malas é abaulada, ficando suscetível a batidas e amassados no trânsito. Já por dentro ele apresenta o típico visual da BYD com linhas orgânicas, volante e comandos de câmbio do Dolphin, além de central rotativa.
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