No mundo dos automóveis, nem sempre é possível criar carros novos do zero. Altos custos envolvidos, vendas baixas e crises financeiras levaram algumas montadoras a criar verdadeiros Frankensteins. Ou seja, carros aparentemente novos, mas que escondem peças, plataforma e diversos componentes de outros modelos bem mais antigos do que eles.
Conheça agora nessa lista, cinco carros que são verdadeiros Frankensteins sobre rodas. Vale ressaltar que a matéria conta somente com modelos que já saíram de linha.
Mercedes-Benz CLC
Um curioso caso de um Mercedes-Benz produzido no Brasil para exportação, o Mercedes-Benz CLC era uma verdadeira gambiarra. Ele nasceu como Classe C Sport Coupé baseado na segunda geração do icônico sedã, especificamente a W203. Contudo, ele tinha a dianteira e parte do interior do modelo seguinte, o W204.
Era nítida que a frente do modelo novo não encaixava com o resto do corpo de um Classe C mais antigo. Eram carros com visual totalmente incompatível, mas que geraram o polêmico CLC. Ele foi feito somente em Juiz de Fora, Minas Gerais, entre 2008 e 2011, de onde foi exportado para o mundo inteiro. Seu substituto foi o Classe C Coupé feito na Europa.
Chevrolet Agile
Na crise financeira mundial da General Motors em 2009, muitos sacrifícios precisaram ser feitos. O grupo se desfez de diversas marcas, vendeu outras e criou projetos de baixo custo e que pudessem ter impacto. Esse foi o caso do Chevrolet Agile. Pensado para substituir o Corsa de terceira geração, ele usava a plataforma do modelo de segunda, que era bem mais barata.
A base de 1994 custava bem menos e fazia parte de dois outros modelos que a GM pretendia manter em linha, no caso Classic e Celta. Como o Corsa de segunda geração e a Montana da primeira geração iam sair de linha, era melhor aproveitar uma plataforma que teria mais vida útil. Por fim, o Agile salvou a GM do Brasil e financiou o desenvolvimento e Onix e sua família.
Ford Escort RS Cosworth
Carros de homologação são um caso bastante peculiar. Afinal, precisam de um número limitado de unidades produzidas para poderem ser classificados paras as competições. E um dos mais amados modelos de rally que foram feitos para homologação, é o Escort RS Cosworth.
Mas, como todos os outros carros da lista, ele não é exatamente o que parece ser. A plataforma é a do modelo maior, o Sierra (antecessor de Mondeo e Fusion), o que fez com que o Escort RS Cosworth ficasse bem maior que o modelo original, além de mais largo e pesado. Ainda assim, um dos mais fantásticos carros que a Ford já fez.
Seat Exeo
Dentro do grupo Volkswagen, a Audi é a marca de luxo logo acima da fabricante do Gol, enquanto Seat e Skoda ficam na faixa de entrada. O que ninguém conseguiu entender foi o motivo pelo qual a Seat pegou a terceira geração do Audi A4 que estava saindo de linha para lançar um sedã em seu portfólio.
O Exeo nasceu em 2008 e tinha somente para-choques, capô, faróis, lanternas e tampa do porta-malas diferente do Audi A4. Até mesmo o interior era o mesmo do Audi, porém com os elementos do A4 Cabriolet, que era um pouco diferente do restante da família. Até mesmo a perua Exeo ST era uma perua Audi com jeito de Seat.
Nissan Frontier
Enquanto no Brasil temos uma Nissan Frontier novinha em folha desde 2017 (apesar de essa geração ter sido lançada em 2015), os norte-americanos tiveram de conviver com o modelo antigo até o ano passado. A Nissan, porém, ao invés de trazer o modelo global para os EUA e Canadá, resolveu criar algo próprio.
Pegou a Frontier antiga, espichou a plataforma e deu um visual totalmente novo inspirado na Titan. É a mesmíssima ideia que a Chevrolet fez com o Agile ao usar base de Corsa. Até porque a base do modelo americano é datada de 2004, coincidentemente 10 anos mais nova que a plataforma do Corsa empregada no Agile.
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