Na rodinha de amigos, sempre há alguém mais conhecido por um apelido do que seu verdadeiro nome. Definitivamente apelido é algo que pega entre os brasileiros. E isso às vezes acontece com alguns carros.
Prova disso é que reunimos aqui dez carros cujas gerações são mais conhecidas pelos apelidos específicos do que por um nome oficial. Para serem elencados para a lista, os modelos devem ser conhecidos por seus apelidos de maneira tão forte que uma busca no Google revela imagens especificas dessa geração.
Golf e Escort Sapão
Coincidentemente, dois modelos concorrentes compartilham um apelido. O Ford Escort Sapão foi lançado em 1995 e foi a última reestilização da última geração do hatch médio. Já o Volkswagen Golf Sapão surgiu em 1997 como a quarta geração do modelo.
Apelidos em comum, os dois carros ganharam a alcunha por conta da dianteira. Com elementos ovais, tanto o Golf quanto o Escort, de certa maneira, faziam lembrar um sapo. Na época, a Ford estava obcecada por ovais, tanto que outro modelo dessa lista tem um apelido específico por causa disso. Já o Golf só teve elementos ovais nessa quarta geração.
Astra Locomotiva
Quando o Chevrolet Astra recebeu sua primeira e única reestilização no Brasil em 2003, ele ganhou um apelido: Locomotiva. Essa designação (estendida também à Zafira) se deu por conta da dianteira proeminente. O vinco forte no capô e parte central do para-choque ressaltada fazia com que ele ficasse com jeito de trem.
O interessante é que com esse visual o Astra durou 8 anos no Brasil sem mais nenhuma modificação. Na Europa, o modelo da Opel nunca recebeu reestilização, permanecendo em linha com o visual da segunda geração inalterado. É um dos carros preferidos dos fãs da Chevrolet no Brasil.
Gol Bolinha / Quadrado
As duas primeiras gerações do Volkswagen Gol tiveram apelidos específicos por causa de suas carrocerias. O modelo original tinha linhas retas e bem marcadas, sendo apelidado de Gol Quadrado somente quando a segunda geração chegou. Contrastando com o antecessor, o novo Gol ganhou o apelido de Gol Bolinha ou Gol Bola.
Até hoje o Gol de segunda geração é chamado de Bola ou Bolinha, enquanto os modelos seguintes não tiveram um apelido ou designação específica. Já a designação quadrado pegou para outros Volkswagen da época como Passat, Brasilia e os derivados do Gol, como Parati, Voyage e Saveiro. .
Monza e Chevette Turbarão
Em momentos diferentes, Chevette e Monza tiveram suas versões tubarão. O modelo 1977 do Chevette tinha frente inclinada com faróis redondos e grade frontal fininha, o que conferia a ele um visual esportivo e agressivo. Diziam parecer um tubarão.
Já o Monza tubarão é dos anos 1990, quando ele buscou inspiração no Omega. Tinha dianteira inclinada, faróis finos e grade frontal em forma de V. A angulação da dianteira era contrária à do Chevette e com um olhar mais simpático que o irmão menor.
Corolla Brad
O apelido Corolla Brad foi dado à nona geração do sedã médio da Toyota simplesmente por causa de um comercial. O ator Brad Pitt foi o garoto propaganda do modelo no Brasil em seu lançamento em 2003. Pegou tanto, que essa geração se tornou popularmente conhecida pelo nome do galã.
A justificativa também se dava pelo fato de que o Toyota Corolla dessa geração tinha como principal destaque seu design mais elegante e bonito que outros sedãs da época. Ou seja, beleza acima da média, algo que era também uma característica pela qual Brad Pitt também sempre foi conhecido.
Corsinha
A primeira geração do Chevrolet Corsa é até hoje chamada de Corsinha carinhosamente. O modelo com seu visual arredondado e simpático causou furor no mercado brasileiro ao apresentar modernidade em uma época em que todos os carros eram caixotes sobre rodas.
Com dimensões compactas, bom acabamento e um carisma inegável, o querido Corsinha só teve esse apelido na primeira geração. Quando o modelo mais novo chegou, passou a ser tratado pelo povo só e somente como Corsa. Nem mesmo seu irmão Corsa Sedan, depois rebatizado como Classic, aderiu ao apelido carinho.
HB20 Bagre
Por mais que tenha sido um dos carros mais vendidos do Brasil por muitos anos e a geração mais exitosa do HB20 em termos de vendas, o bagre é o mais rejeitado no quesito visual. A grade frontal em forma de leque com faróis altos inspirados no HB20 original criaram esse efeito oceânico nele.
A Hyundai rapidamente percebeu o grave problema que tinha criado para si e trocou a grade frontal de bordas cromadas e treliças verticais por elementos mais trabalhados e deu acabamento preto à borda. Não adiantou muito, e nem disfarçou a cara de bagre.
Zé do Caixão
Volkswagen 1600 [divulgação]
O caso do Volkswagen Zé do Caixão é, talvez, o mais emblemático de todos. Isso porque o modelo é mais conhecido hoje por seu apelido, tanto que muita gente não sabe que seu verdadeiro nome é Volkswagen 1600.
Zé do Caixão começou a ser usado devido ao formato fúnebre do modelo com carroceria quadrada e quatro maçanetas cromadas nas laterais. O personagem de José Mojica Marins era bastante famoso na época, o que acabou facilitando ainda mais o uso do apelido no sedã da Volkswagen.
Kombi Corujinha
A mais clássica das Volkswagen Kombi tem um apelido simpático: Corujinha. Ainda que toda Kombi seja conhecida como Velha Senhora, a primeira geração tem esse nome especial por conta de seu visual ainda mais simpático. Os faróis redondos acompanhados pelo vinco em V e logotipo enorme da Volks fazem lembrar do olhar de uma simpática coruja.
Essa geração surgiu em 1950 na Europa e seguiu no Brasil com o mesmo estilo até 1976. Nessa época, a Volkswagen mesclou o corpo da primeira geração da Kombi com a dianteira da segunda geração.
Fiesta Tristonho
A primeira geração do Ford Fiesta produzida no Brasil não agradava tanto aos olhos. No começo dos anos 1990, a marca norte-americana estava obcecada com ovais e desenhou toda dianteira da quarta geração do Fiesta com esse tema. O problema é que ele ficou com um semblante triste, chateado, cabisbaixo.
Ele ficou conhecido como Fiesta tristonho ou chorão por muitos. Era um contraste frente à geração anterior com seu sorriso simpático e amigável. Tanto que a reestilização que apareceu nos anos seguintes retomou com os faróis sorridentes, o que deu a ele o apelido de Fiesta Gatinho.
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