O que pode parecer somente uma mudança de logotipo dos modelos da Dacia e que não afetará o Brasil, na realidade tem toda relação com o nosso mercado. A marca de baixo custo do grupo Renault deixará de influenciar os modelos da marca francesa no futuro. Ou seja: Dacia será Dacia, Renault será Renault. Menos o Duster (e o Bigster).
Spring (Kwid elétrico), Sandero, Logan, Jogger e Duster receberam nova grade frontal com desenho modificado onde o logotipo novo se integra aos pontos cromados. O novo logotipo é composto pelas letras D e C juntas, as quais formam o nome Dacia. Cada ponta das letras da o tom de duas fileiras de pontos cromados na grade: isso para todos os modelos.
Na traseira, os Dacia têm o nome da marca escrita diretamente na tampa do porta-malas em substituição ao logotipo. O nome dos modelos, antes centralizado como nos Renault, passa à lateral esquerda em um adesivo e sempre na cor preta. Por dentro, o volante ganhou o nome Dacia escrito bem no miolo.
Duster é sempre a exceção
Essa mudança na identidade visual começa a afastar a Dacia da Renault, ainda que os modelos da marca romena usem plataforma e diversos componentes da francesa. A ideia é que os Renault sejam Renault de verdade e os Dacia se mantenham na marca que estão. Por isso que o grupo abortou as novas gerações de Sandero, Logan e Stepway para o Brasil.
A única exceção que será compartilhada entre as duas marcas será o Duster. Ele é tido como icônico tanto pela Dacia quanto pela Renault – a ponto de a marca dizer que o SUV compacto é o seu Porsche 911. Ele será vendido pelas duas marcas simultaneamente, mas haverá maior distinção visual entre cada um. O Bigster também pode entrar para a lista de exceções.
Dacia do Brasil? Não mais
Para o lugar de Sandero, Logan e Stepway, a Renault prepara um novo SUV compacto. O modelo seguirá os moldes de : tomará como base um hatch, mas terá capô mais reto, carroceria mais parruda e boa altura do solo. Como o Sandero não estará no Brasil, poucos notarão a origem, ao contrário de Pulse e Nivus em relação a Polo e Argo.
O novo SUV será o responsável por estrear o motor 1.0 TCe turbo três cilindros no Brasil que já é usado pela Dacia lá fora. Ele compartilhará diversos elementos com o Sandero, mas não será simplesmente a versão SUV do modelo. A ideia é diferenciá-los suficientemente para que ele possa ser vendido até na Europa como Renault.
O único modelo que fez o movimento contrário – nasceu Renault e virou Dacia – foi o Dacia Spring, também conhecido como Renault Kwid E-Tech. A próxima geração já foi confirmada e nascerá de um projeto comum com a Renault que também envolverá um modelo elétrico equivalente para a Nissan e para a Mitsubishi. Os quatro serão muito diferentes visualmente.
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