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Ele tem mais de 40 anos nas costas

Volkswagen Polo foi de co-adjuvante apagado para protagonista

 Com mais de 40 anos de bagagem no porta-malas, o Volkswagen Polo viveu de tudo um pouco e hoje finalmente alcançou o sucesso que queria

Volkswagen Polo Highline [Auto+/ João Brigato]
Volkswagen Polo Highline [Auto+/ João Brigato]

A Volkswagen possui diversos carros marcantes em sua trajetória como marca e por incrível que pareça, o Polo é um deles. Criado para ser um pouco mais refinado que os Fusca e Gol e menos chamativo do que o Golf, ele lutou muito para chegar onde chegou. Por sorte, hoje tomou banho de sal grosso e faz sucesso por onde passa. Aperte os cintos e conheça sua história.

A primeira vez que o mundo automotivo viu um Polo foi em 1975. Surpreendentemente, o modelo nasceu como um Audi e era batizado de 50. Como se tratava de um hatch bem acabado, a Volkswagen logo tratou de fazer pequenas mudanças para lançar sua versão do mesmo modelo. Segundo o portal , nessa época, o Polo tinha apenas 3,50 m de comprimento.

Sua versão mais acessível tinha um motor de 895 cm³ e rendia só 40 cv. Para se ter mais potência, o cliente devia buscar pelo Volkswagen Polo 1.0, o qual já tinha 50 cv. Só que, no final da década de 1970, a marca alemã lançou pela primeira vez o Polo GT. Ele era o único da gama a ter motor 1.3 de 60 cv e era bem espertinho perante seus rivais. Aqui, ele também podia ser encontrado na versão sedã, batizada de Derby.

Volkswagen Polo [divulgação]

Mudanças bem-vindas

Já na década de 1980, a montadora apresentava a segunda geração do modelo. Agora, o Polo ganhava mais comprimento, chegando em 3,66 m. As versões hatches eram duas, a coupé e a hatch. Na primeira, o teto tinha inclinação leve e na segunda, o conjunto transmitia um ar de perua. O que reforçava este estigma era a ampla janela traseira. O desenho da linha ainda era quadrado, mas menos do que o da primeira geração.

Como o coupé tinha uma vocação esportiva, ele contava com o motor 1.3 batizado de G40. O propulsor entregava 115 cv. Desse modo, o Volkswagen Polo Coupé ia de 0 a 100 km/h em apenas 9 segundos. Já as demais versões podiam contar com o propulsor 1.3 ou 1.4 a diesel aspirados. Até então, o Brasil nunca tinha os visto por aqui. Todavia, tudo mudou na década de 1990.

O Polo já tinha se consolidado no mercado internacional. A terceira geração foi apresentada na década de 1990 e era fabricada com partes da carroceria do Golf. Agora, o hatch tinha linhas arredondadas e 3,71 m de comprimento. Somente nesta época é que ele ganhou opção de 4 portas e uma versão perua de verdade. Foi esta vida do Polo que ajudou a Volkswagen a originar o Seat Ibiza.

Outra novidade e que envolve o Brasil apareceu quase no fim de 1990. Chegava aqui importado o Polo Classic. Ele era um sedã compacto com linhas arredondadas e a linha de cintura alta. Por aqui, inicialmente ele vinha apenas com o motor 1.8 de 90 cv. Mesmo com amplo espaço interno em comparação com o hatch, o sedã não fez tanto sucesso assim.

carros
VW Polo Classic [divulgação]

Made in Brasil

Já no início da década de 2000, o Volkswagen Polo foi nacionalizado em solo brasileiro. Ele continuava a ser um hatch altinho, mais refinado do que o Gol e mais barato do que o Golf. Aqui, ele chamava atenção pelos faróis duplos arredondados. Em 2003, a Volkswagen lançou sua versão sedã, com a mesma dianteira simpática do hatch. Agora, o hatch tinha 3,89 m de comprimento e era bem mais confortável para os ocupantes.

Nessa época, ele podia ter os motores 1.0 ou 1.6 como os mais acessíveis. Pouco depois ele ganhou o propulsor 2.0, o qual ficou marcado por dar ainda mais agilidade ao modelo. Ele viveu com essa cara até 2006, quando passou por uma reestilização. Aqui, a Volkswagen resolveu trazer a versão GTI de duas portas e o hatch se tornava um pequeno canhão. Com o 1.8 turbo do Golf GTI, o Polo tinha 150 cv debaixo do capô.

Volkswagen Polo
Volkswagen Polo GT [Divulgação]

Assim, ele ia de 0 a 100 km/h em rápidos 8,2 segundos e a velocidade máxima era de 216 km/h. Esta geração foi a que mais viveu por aqui, morrendo em 2015 e com reestilizações para ficar sempre atualizado perante os concorrentes. Em 2009 e para o mercado internacional, o Volkswagen Polo tinha ganhado sua quinta geração, nunca vista de perto por nós. Ele tinha ficado maior e ainda mais refinado, mas a marca já não via tanto sentido dele por aqui.

Renascimento em grande estilo

Novamente, tudo mudou em 2017. Agora, os brasileiros ganharam o Polo de sexta geração. Maior que todas as gerações anteriores, essa trazia e ainda traz ar mais refinado. Só que, o modelo brasileiro tem diferenças em relação ao modelo europeu. Mesmo assim, ele chegou para causar e conseguiu. Desde seu lançamento, chama atenção de clientes do Fiat Argo, Peugeot 208, Toyota Yaris, Hyundai HB20 e outros.

Volkswagen Polo MSI (divulgação)

Agora, ele podia ter motor 1.0 de 116 cv ou 128 cv, câmbio manual ou automático e ainda ganhou o sedã Virtus como irmão mais bundudo. Ele veio para ficar acima do Gol e abaixo do Golf. Entretanto, os dois pilares da Volkswagen saíram de linha em 2020 e 2022, deixando o Polo sozinho. Aqui, começou sua luta de verdade.

Para atrair os fãs do Gol, foi criada a versão Track. Ela demorou para embalar, talvez seja o desempenho comedido do motor 1.0 aspirado de 84 cv. Mas, hoje é uma das que mais vende. Além disso, conta com ampla lista de equipamentos de série em todas as versões, tem motor aspirado e turbo, câmbio manual ou automático e quer agradar ao público em geral.

Volkswagen Polo Track [Auto+ / João Brigato]
Volkswagen Polo Track [Auto+ / João Brigato]

Assim, o Volkswagen Polo se consolidou como um modelo de sucesso no atual portfólio da marca. A que se lembrar que ele era um mero co-adjuvante, pois vivia entre dois carros icônicos e hoje lutou para chegar ao reinado e conta com muitos predicados para continuar ocupando seu posto.

O que você acha do Polo? Prefere ele ou os seus rivais? Conte nos comentários


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