Fazer 50 anos é um marco muito especial, afinal de contas é meio século de vida. O Volkswagen Golf chega a esta marca em 2024 e já passou por poucas e boas em todas as suas gerações. Enfrentou diversos rivais, viu sua categoria diminuir consideravelmente e lida agora com os SUVs compactos. Conheça detalhes da sua história.
Tudo começou em 1974 na planta de Wolfsburg, na Alemanha. Os executivos da marca alemã queriam ter um hatch que pudesse fazer tanto sucesso a ponto de ser considerado o sucessor do Fusca. Assim, convocaram o renomado designer italiano Giorgetto Giugiaro para auxiliar nessa empreitada. O Golf já nasceu com grandes novidades para sua época.
Irmão menor do sedã Passat, lançado um ano antes, o Volkswagen Golf já trazia motor refrigerado à água, suspensão traseira por eixo de torção e mais novidades. Ele fez tanto sucesso entre o público, que em 1976, já havia alcançado a marca de 1 milhão de unidades vendidas.
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Mais quadrado do que nunca
A primeira geração tinha linhas bem quadradas e já trazia a famosa coluna C bem larga. Um de seus destaques era a versão GTI, a qual tinha motor 1.6 com injeção e que rendia 110 cv. O plano inicial é que esta variante vendesse ao menos 5 mil carros, mas o sucesso foi tanto que em seus primeiros anos, o modelo já marcava mais de 461,6 mil unidades vendidas.
Já na década de 1980, ele recebeu sua segunda geração. Desta vez, o Volkswagen Golf tinha linhas mais arredondadas. Maior espaço interno, inclusão de freios ABS, direção com assistência e oferta de tração nas quatro rodas chamaram bastante atenção. Por causa da adoção do conversor catalítico, a potência do motor caiu para 107 cv. Todavia, a marca fez alterações em pouco tempo e o propulsor passou a render 129 cv já com essa peça incluída.
Demorou, mas veio ao Brasil
A terceira geração do hatch médio foi apresentada internacionalmente em 1990. Maior que a segunda vida, ele tinha mais itens de segurança de série. Nessa época, podia vir equipado com o motor 2.8 VR6, com seis cilindros de 174 cv. Também trazia airbags frontais, motor a diesel com injeção direta, freios ABS e mais itens de fábrica. Em 1994, começou a chegar as unidades do Golf vindas do México e da Alemanha.
O mais acessível era o GL com motor 1.8 de 90 cv e acima havia o GLX com propulsor 2.0 de 114 cv. Ambas tinhas só a carroceria de 4 portas. Para quem era nervosinho, havia o Golf GTI com o mesmo motor do GLX, só que com duas portas e visual esportivo.
Em 1998, ele passou a ser produzido no Brasil. Novo visual e a chegada das versões sedã e perua eram destaques. No país tropical, essa vida ficou conhecida como sapão, já que seus faróis eram bem arredondados. Aqui, ele podia ter motor 1.6 de 101 cv, 2.0 de 116 cv e 1.8 turbo de 150, que subiu para 180 e chegou até em 193 cv. Até a rara versão equipada com o propulsor VR6 2.8 de 200 cv veio para cá. Lá fora, ele podia ter a versão R32, com o motor 3.2 VR6 e tração nas quatro rodas.
Essa geração do Volkswagen Golf foi a que mais viveu no Brasil, tanto é que ele parou de ser fabricado em 2003 na Europa nessa vida. Por aqui, tivemos apenas sua reestilização. Sua quinta geração internacional trazia mais equipamentos de segurança como suspensão traseira independente e ele passou a ser equipado com o câmbio automatizado de dupla embreagem DSG de 7 velocidades.
Em 2008, essa geração ganhou leves atualizações, tanto mecânicas quanto no visual. Uma das novidades e que os Estados Unidos não tiveram foi a adoção do seletor do modo de condução do hatch médio. Na década de 2010, o Golf ganhou sua última vida por aqui e também passou a ter fabricação brasileira.
Vinha com a plataforma MQB, trouxe visual tecnológico, seus motores podiam ser o 1.4 de 140 cv e 2.0 de 220 cv turbos. Este último vinha só no GTI. Por aqui, ele também trouxe o Golf Variant, sua perua produzida no México, sendo a substituta da Jetta Variant. A sétima geração viveu bem lá fora, por aqui já não tinha mais o apelo de antes e os SUVs começaram a ocupar o lugar dos hatches médios.
Futuro clama por novidades
De 2016 até 2020 ele foi produzido por aqui. Até o Golf GTE, híbrido, veio para cá. Contudo, em poucas unidades e todas foram vendidas em 2020. Desde então, ele se encontra em sua oitava geração e só é vendido internacionalmente. Atualmente, ele é ofertado em versões com conjunto híbrido-leve e híbrido plug-in. Ele já recebeu uma atualização em seu visual e este será seu último ano equipado com o motor a combustão.
Daqui para frente, só a Volkswagen sabe o futuro do Golf. Um dos carros mais queridos da marca faz falta no mercado brasileiro. A atual geração até já foi e ainda é pensada para vir ao Brasil. Entretanto, quem deve pesar um pouco é seu alto preço, já que ele viria importado.
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