O mercado automotivo brasileiro é composto por diversos carros que fizeram história no país. Um dos mais lembrados e que toda família já teve ao menos uma história para contar é o Volkswagen Gol. O hatch compacto liderou as vendas de automóveis do Brasil por anos e hoje tem seu merecido descanso. Confira sua trajetória de mais de 40 anos.
Dia 8 de maio de 1980 é um dia marcante para a montadora alemã. Foi nesta data que ela apresentou no Brasil o substituto do Fusca e quem faria sucesso por muitos anos. Ele tinha o simples objetivo de substituir o icônico pequenino, ser mais espaçoso e tecnológico. Inicialmente, o Gol chegava equipado com o motor 1.3 refrigerado a ar, instalado na dianteira e tinha uma ventoinha nova. Como foi atualizado para o lançamento, o propulsor ficou mais leve e isso fez com que rendesse mais potência, no caso eram apenas 50 cv.
Mesmo que o Volkswagen Gol fosse mais leve que o Fusca, o motor 1.3 não era empolgante. Pouco tempo depois, ele já saía de fábrica com o propulsor 1.6. Só que, em 1984, o hatch compacto ganhou de presente na famosa versão GT e ela tinha o motor 1.8 de 99 cv do sedã Santana. Aqui, o Gol consolidou ainda mais sua fama e atraiu mais fãs. Seu projeto foi desenvolvido para atender aos brasileiros. Por isso, nada melhor do que homenagear o futebol, esporte que os brasileiros mais amam.
A grande família
O Gol não veio sozinho ao mundo. A marca viu que o povo brasileiro, assim como a sociedade toda, precisa de diversos tipos de carros. Por isso, criou o sedã Voyage, que trazia mais espaço interno e porta-malas. Para quem queria ter esses fatores e não gostava de sedãs, havia a Parati. Agora, se era um carro de trabalho e a necessidade maior era uma caçamba no lugar do porta-malas, a Saveiro podia e ainda pode atender perfeitamente.
Entre o fim da década de 1980 e início da década de 1990, os brasileiros conheceram o primeiro carro nacional com injeção eletrônica. Ele tem nome e um sobrenome de peso: Volkswagen Gol GTS. Nessa época, o hatch já vinha reestilizado e suas linhas ainda tinham predominância de serem mais quadradas. O GTS foi tão marcante por ser o primeiro modelo da linha a ter o motor 2.0 de 120 cv, o que o tornava um foguetinho nas ruas.
Em 1994, o Brasil conhecia o “Bolinha”. A segunda geração do compacto nos foi apresentada em 1994 e tinha como principal destaque a carroceria mais arredondada. Mais refinada que a geração anterior, essa contava com mais espaço e tecnologia embarcados. Podia ter motor 1.0, 1.6, 1.8 e também o 2.0. Este último exclusivo do GTI. Em 1998, foi a primeira vez que o Gol passou a contar com 4 portas na variante hatch.
Já em 1999, chegava o Gol G3. Aqui, as linhas eram mais retas do que a vida anterior, mas não tão quadradas. A motorização era a mesma da linha anterior. Contudo, a marca alemã tentou inovar com o lançamento do propulsor 1.0 turbo de 16 válvulas. Só que, ele era bastante tecnológico para a época e como não havia tanto conhecimento em manutenção, foi um motor que deu certa dor de cabeça para alguns donos.
Essa foi mais uma geração marcante na vida do modelo, já que ele podia ter motor a gasolina ou a álcool. Aí em 2003, surgiu o Volkswagen Gol Total Flex. Aqui, o modelo tinha em um propulsor só a opção de ser abastecido com qualquer um dos combustíveis citados. Ele era apenas 1.6, todavia em 2005 chegava o Gol 1.0 Total Flex. Ambas versões revolucionaram o mercado.
Críticas pesadas
Também em 2005, a Volkswagen apresentou o Gol G4. Ele era uma pequena evolução em desenho da geração anterior. Mais simples tanto no desenho quanto na construção, essa foi uma geração bastante criticada e mal comentada do modelo. Nessa época só podia ter motor 1.0, 1.6 e 1.8. Ainda assim, ele dominava o segmento a frente do Fiat Palio, Renault Clio, Peugeot 206, Chevrolet Celta e Corsa e mais modelos.
Já em 2008, os brasileiros conheciam o Gol G5. Essa geração sim era bem mais refinada de todas as já apresentadas. Com visual atrativo e charmoso, tinha como aliada a plataforma PQ24. Agora, seu motor era instalado na transversal, tinha mais espaço interno e maior refinamento de acabamento. Apesar que este é seu maior ponto fraco. Aqui, ele já era líder do segmento e do mercado automotivo brasileiro.
Tudo mudou com o Gol G6. Essa é considerada uma reestilização do G5. Ele foi apresentado em 2012. Só que, em 2014, ele deixou de ser o líder de vendas dos carros vendidos no Brasil depois de muitos anos nesta posição. Mesmo assim, seu desenho era e ainda é atual. Pouco tempo depois, veio o Volkswagen Gol G7. Mudanças no exterior e principalmente no interior são seus destaques.
40 anos depois
Por fim, o Gol teve sua última vida com o G8. A dianteira era ampla e larga era um chamariz do compacto. Suas vendas já haviam caído bastante. Todavia, esta foi a primeira vez que ele foi equipado com um câmbio automático de verdade. Até então, ele havia conhecido apenas o problemático câmbio automatizado I-Motion. Eo Gol G8 foi apresentado em 2018 e viveu até 2022. Vira e mexe ele sofre com as fake news da sua possível volta. Mas, é apenas imaginação do público.
O fato é que o Volkswagen Gol foi e ainda é marcante no mercado brasileiro. Diversas gerações e versões povoam as ruas brasileiras. Afinal de contas, ele teve mais de 8 milhões de unidades fabricadas. Hoje, ele continua sendo cultuado no mercado de usados e desponta como boa opção para primeiro carro ou veículo que sirva como instrumento de trabalho.
Você teve uma história com o Gol? Já andou no hatch compacto? Conte nos comentários
>> Ford Ranger Raptor é uma humilhação, até para a Ranger | Avaliação
>> Ford E-Transit quer ser a escolha perfeita para seu negócio | Impressões
>> Categoria de SUVs médios virou uma bagunça