Há exatos 30 anos atrás, o Brasil recebia de braços abertos um novo carro compacto. Importado diretamente da França em seu começo, o Renault Twingo sempre trouxe o carisma em primeiro lugar. Pequeno, urbano, simpático e versátil, o modelo chamou atenção do público e viveu bastante em solo brasileiro. Sua história reserva momentos carismáticos como todo seu projeto. Aproveite a leitura.
A primeira vez que o mundo teve contato com o Twingo foi em 1992, durante o Salão do Automóvel de Paris. Assim que a marca retirou a capa protetora, o hatch começou a chamar atenção e não parou mais. Ele era um modelo pequeno, mas com desenho futurista para o início dos anos 1990. Nessa época, os carros tinham a predominância de serem grandes e com linhas mais retas. O Twingo era o oposto disso.
Um de seus chamarizes, era acomodar confortavelmente apenas 4 pessoas. Por fora, ele trazia cores chamativas para seu segmento. Por dentro, tinha diferenciais como o painel central, ar-condicionado de série em algumas versões e até teto solar de lona já foi oferecido no Renault Twingo. Todavia, os bancos traseiros corrediços eram um destaque a mais. Desse modo, eles aumentavam o espaço interno das pernas ou podiam ser rebatidos, dando espaço para 261 litros de porta-malas.
Teve dedo do socialismo aí
Uma curiosidade da sua história é que o Twingo teve uma unidade que serviu de presente para o presidente francês do partido socialista, François Mitterrand. A marca francesa deu duas opções de cores para o político escolher e ele levou para sua casa um Twingo vermelho. Segundo os executivos da época, o modelo tinha como principais pilares ser urbano, prático, econômico e jovial.
Aliás, seu nome é uma mistura bem animada. A Renault uniu as danças tango, swing e twist e tudo junto virou Twingo. Na dianteira, os faróis arredondados e pequena entrada de ar, traziam um ar de feliz ao compacto. Seu capô era curto e outras três pequenas entradas de ar na lateral deram mais charme ao hatch. Seus cinco vidros eram amplos, o que proporcionava ampla visualização do lado externo.
As duas portas eram amplas, o que auxiliava na entrada e saída dos passageiros. Ele tinha 3,43 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,42 m de altura e entre-eixos surpreendente de 2,34 m. No começo, ele vinha equipado com motor 1.3 a gasolina de quatro cilindros que rendia apenas 54 cv. Era suficiente para o hatch e atendia sua proposta de ser urbano. Entretanto, já para a linha 1996, o modelo ganhou o motor 1.2, que era mais moderno e também mais potente.
Agora, ele desenvolvia 75 cv e deixou o Twingo bem espertinho. A primeira vez que os brasileiros tiveram contato com o Twingo foi em 1994. O modelo idealizado por Yves Dubreil e desenhado por Patrick Le Quément, queria atrair os donos de Volkswagen Gol, Ford Escort e posteriormente Fiesta e mais carros. Entre o fim da década de 1990 e início dos anos 2000, a Renault promoveu mudanças no Twingo. Tudo para deixá-lo bastante atrativo perante os concorrentes.
Em solo brasileiro, ele viveu bem durante 10 anos, sendo vendido desde 1994 até 2004. Ele acumulou mais de 12 mil unidades vendidas e deixou seu lugar para o Clio. Lá fora, a primeira geração foi produzida entre 1993 e 2007 e vendeu mais de 2 milhões de unidades. A segunda geração chegou em 2007 e viveu até 2014, só que já não tinha o charme da primeira vida.
De olho nos rivais, em 2014 veio a terceira geração do Twingo. Com linhas arredondadas e carroceria mais elevada, o modelo lembra um ovo. Em 2020, ele ganhou a variante elétrica. Em 2026, ele deve ganhar uma nova vida e desta vez virá para incomodar o BYD Dolphin Mini. É esperado que o novo Twingo tenha a tecnologia como forte aliada, já que o desenho do projeto consegue trazer o charme da primeira geração.
Infelizmente não há previsão para o Twingo voltar a desfilar com sua simpatia pelas ruas brasileiras. Por enquanto, o que resta são as unidades que ainda rodam pelo país e também as unidades cuidadas e que viraram item de colecionador.
Você tem alguma história com o Renault Twingo? Já andou em um? Conte nos comentários
>> Nissan Sentra reage e coloca BYD Seal para trás em março
>> C3 Aircross tem uma regra que não pode ser esquecida | Avaliação
>> Royal Enfield anuncia mudança importante em seus preços