Sempre que um carro muda de visual, os termos facelift e reestilização aparecem. Quando a alteração é mais radical, é comum ver termos como nova geração. Mas, afinal, o que significam todas essas expressões? Facelift é mesmo um sinônimo de reestilização? Quando uma reestilização é profunda e quando é uma nova geração?
Hoje aqui no Auto+ vamos explicar todos esses termos usando um carro o qual já passou por cada uma dessas etapas: o Hyundai HB20. Vale lembrar que mudanças de rodas/calotas, cores no interior, itens de série ou logotipos não são considerados facelift, reestilização ou nova geração. São apenas mudanças pontuais.
Facelift
Quando se trata de uma mudança visual, o facelift é a primeira e mais simples etapa de alteração visual. A palavra literalmente significa mudança de face. Ou seja, quando um carro passa somente por alterações estéticas na dianteira e em nenhum lugar mais. Em geral, podemos ter facelifts bem leves ou outros mais pesados.
O Hyundai HB20 na linha 2019 recebeu um facelift muito leve. A única alteração ficou por conta do desenho da grade frontal, que trocou os elementos horizontais por pontos 3D. A grade apareceu primeiro como teste na série especial Ocean em 2017 e depois passou a ser adotada em todas as versões no ano seguinte. Fora isso, nada mais mudou.
Reestilização
Uma reestilização é quando envolve mudanças para além de somente a dianteira. Se a traseira mudou, já é uma reestilização. Em geral, há também mudanças feitas no interior. Quando é uma reestilização leve, somente partes plásticas são alteradas. Ou seja, para-choques, faróis e lanternas. Isso foi o que aconteceu no HB20 de 2015 para 2016.
Já uma reestilização profunda envolve mudanças em capô, tampa do porta-malas e até para-lamas, em alguns casos. Como são peças de metal, elas tem custo mais alto para serem alteradas. Fazendo isso, a sensação de mudança é ainda maior. Exemplo de reestilização profunda foi o HB20 bagre feito até 2022, para o atual modelo lançado como linha 2023.
Nova geração
Para definir que se trata de uma nova geração, até pouco tempo atrás, o carro precisava ter sua plataforma alterada. Contudo, nos dias atuais, é possível fazer uma nova geração de um carro mantendo a base. Isso aconteceu com o Hyundai HB20 na transição da primeira para a segunda geração (bagre) com o lançamento da linha 2020.
Nenhum componente externo foi mantido em relação ao modelo anterior, nem mesmo os vidros. Toda a casca externa do carro foi mudada, assim como partes da estrutura. A plataforma, contudo, manteve a mesma. É a mesma transição que o VW Golf do mk7 para o mk8. Se um carro muda muito, mas mantém portas e vidros iguais, é uma reestilização profunda.
Tempo das mudanças
Um dos pontos essenciais sobre os facelifts, reestilizações e novas gerações é o tempo médio de mudança. Claro que existem exceções e atrasos, não sendo uma regra escrita em pedra. Contudo, em geral, um carro passa por um facelift ou reestilização a cada três ou quatro anos. Pode ter um novo facelift ou uma nova reestilização depois.
Já as mudanças de geração ocorrem a cada seis ou oito anos. Ou seja, uma geração que vive seus oito anos, terá uma reestilização no quarto ano de vida. Novamente usando o HB20 como exemplo, ele foi lançado em 2012, teve sua primeira reestilização feita em 2015 e um mini facelift em 2018. Mudou de geração em 2019 e reestilizou em 2022.
Ou seja, a primeira geração teve sete anos de vida, sofrendo uma reestilização no terceiro ano e um facelift três anos depois da última reestilização e um ano antes da nova geração. A segunda geração está, atualmente, em seu quinto ano de vida, sendo que a reestilização já tem dois anos. Ou seja, o atual HB20 pode ganhar uma nova geração entre 2025 e 2027.
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