Assim como os carros, os faróis também evoluíram ao longo dos anos. Das primeiras lâmpadas, que utilizavam parafina para produzir luz, foi na década de 1920 que as primeiras lâmpadas elétricas começaram a ser introduzidas. Uma evolução significativa ocorreu na década de 1990, com alguns modelos equipados com faróis de xenônio.
Atualmente, os faróis de LED, com luzes de condução diurna ou adaptativos, já são encontrados em alguns modelos da nossa frota. No entanto, selecionamos cinco conjuntos de faróis que marcaram a história, seja pelo design fora do comum ou pela inovação da época.
Alfa Romeo SZ
Este é um modelo raro da Alfa Romeo, e o SZ (sigla para Sprint Zagato) foi baseado no modelo 75. Com um estilo futurista apresentado no Salão de Genebra de 1989, o carro ganhou o apelido de “Il Mostro”. Seu ponto forte é a dianteira, com três pares de faróis, além do enorme aerofólio, das rodas feitas em duas peças e da assinatura do estúdio Zagato na carroceria.
Com um estilo único, sob o capô escondia-se o propulsor V6 3.0 de 210 cv de potência, fazendo-o acelerar aos 96 km/h em 7,3 segundos. A máxima é de 226,8 km/h. As suspensões equipadas com amortecedores , possuem botões de regulagem de altura no console central. Foram 1.036 unidades produzidas entre 1989 e 1991.
Cizetta V16T
O Cizetta V16T é um supercarro admirável, com um propulsor V16 montado na posição transversal (daí a letra “T” no nome). Basicamente, são dois motores V8 unidos em um mesmo bloco, com o câmbio manual de cinco marchas entre eles. Estão disponíveis 560 cv de potência e 55,1 kgfm de torque. O primeiro protótipo ficou pronto em 1988.
As linhas do exterior são obra do designer italiano Marcello Gandini e há uma grande semelhança estilística entre o Cizetta V16T e o Lamborghini Diablo. Aliás, algumas diferenças entre eles, ficam pelas entradas laterais, a largura para acomodar o motor V16T e os quatro faróis escamoteáveis. Segundo os dados de época, ele fazia de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e cravava 328 km/h de velocidade máxima.
Cord 810
Alguns carros estão à frente de seu tempo, e o Cord 810 é um desses modelos. Nos anos 1930, ele adotou a construção monobloco e revolucionou o design, destacando-se pelo capô inteiriço, pela ausência dos estribos laterais e pelos faróis escamoteáveis inéditos.
O propulsor V8 4.7 Lycoming, com cabeçotes de alumínio, junto do câmbio manual de quatro marchas, assegurava 125 cv de potência, resultando em uma velocidade máxima de 144 km/h. O modelo 812, lançado em 1937, oferecia um V8 Lycoming FC, equipado com compressor mecânico, para render 170 cv e cravar 178 km/h de máxima.
Ruxton Model C 1930
O Ruxton Model C foi produzido pela Ruxton Motor Company, uma subsidiária da Moon Motor Car Company, entre 1929 e 1930. Uma das principais características é ser um dos primeiros carros de passeio equipado com tração dianteira, em vez de traseira. Projetado pelo entusiasta e engenheiro William J. Muller, tinha um motor de oito cilindros em linha com aproximadamente 100 cv de potência.
Além do luxo, ele também oferecia os faróis Art Deco Woodlite. No entanto, foram apenas 96 unidades produzidas devido à Grande Depressão e à falta de recursos financeiros, levando a Ruxton a encerrar as suas operações em 1930.
Opel GT
O Opel GT foi um cupê esportivo lançado em 1968 e produzido até 1973. Com espaço para duas pessoas e um estilo semelhante ao do Chevrolet Corvette de terceira geração, seus faróis eram o destaque.
Ao contrário dos faróis escamoteáveis aos quais estamos acostumados, os do GT eram operados manualmente por uma manivela posicionada logo abaixo do painel, conferindo-lhe um visual único entre os modelos à época, assim como o conjunto óptico do 928.
Bônus
Citroën DS
O Citroën DS não poderia ficar de fora desta lista, afinal, foi um dos modelos mais influentes já produzidos. Uma de suas maiores características era a tração dianteira, os freios a disco e a suspensão autonivelante, que proporcionavam uma condução confortável.
Além disso, o DS também trouxe outra inovação: os faróis direcionais que acompanhavam o movimento das rodas dianteiras, um recurso oferecido por alguns carros atuais, melhorando a visibilidade em situações de condução noturna.
Tucker 1948
Os faróis direcionais não são uma novidade dos tempos modernos, como já vimos no Citroën DS. Outro modelo, o Tucker de 1948, também oferecia essa tecnologia.
Idealizado por Preston Thomas Tucker (1903-1956), o farol central movia-se até 10 graus conforme o volante virava, iluminando as curvas. Esse foi um avanço para o público norte-americano, mas já era conhecido pelos europeus. Aliás, em 1935, na Checoslováquia, o Tatra T77a introduziu essa inovação para iluminar o meio-fio.
Qual destes faróis você considera os mais bonitos e inovadores de todos os tempos? Escreva nos comentários.
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