Recentemente, a Chevrolet anunciou que o Cruze não passa desse ano. Encerrando a carreira de um dos modelos mais globais da história da marca, o sedã tem história. Nascido em 2008 como um Daewoo, ele ganhou o mundo sendo vendido pela Chevrolet e também pela Holden. Até na Europa ele foi comercializado, em um breve período em que a fabricante do Onix se aventurou por lá.
Entretanto, durante dois anos, o Chevrolet Cruze teve uma geração obscura que foi vendida só na China. O modelo durou pouquíssimo antes de ser substituído pelo modelo que segue em produção só na Argentina, mas que já está a caminho da fila do INSS.
O outro Cruze
Em 2014, enquanto o mundo ainda contava com a primeira geração do Cruze, a Chevrolet da China resolveu fazer algumas mudanças na casa. Reestilizou o modelo antigo e o batizou de Cruze Classic. Ao mesmo tempo, lançou uma geração completamente diferente e que, de certa maneira, antecipava o modelo global.
O sedã usava plataforma D2XX, a mesma do Cruze brasileiro e também do Equinox. A base também é serviu a modelos como Chevrolet Orlando e Volt, Buick Excelle GT e XT, além do Envision e também à geração anterior do Opel Astra. Esse Cruze, entretanto, entregava medidas substancialmente diferentes do modelo produzido na Argentina.
Na fita métrica ele marcava 4,56 m de comprimento, 1,78 m de largura e 1,45 m de altura, com entre-eixos de 2,66 m. Já a segunda geração internacional tem 4,66 m de comprimento, ou seja, 10 cm a mais. Na largura são 2 cm a mais, totalizando 1,80 m. Já a altura é 3 cm maior no nosso Cruze, chegando a 1,48. Já o entre-eixos é idêntico com 2,66 m.
Spoiler do que viria
A cabine da segunda geração do Chevrolet Cruze chinês já antecipava o que estava por vir. Salvo pequenas mudanças na parte da central multimídia, a cabine era idêntica ao que a GM usaria pouco tempo depois no modelo global. A parte externa, entretanto, era completamente diferente.
O visual era pouco ousado e bem diferente de outros Chevrolet. Os faróis arredondados eram acompanhados por uma grade frontal fina com logotipo da marca. A abertura de ar inferior não era conectada visualmente com a superior. Na lateral, linha de cintura bem alta. As linhas eram bem marcada e fortes, incluindo o vinco no capô.
Não havia extensão de plástico na coluna C que acompanhou o Cruze a vida toda e apareceu no modelo internacional. A traseira trouxe um elemento visual que depois foi copiado pelo Toyota Corolla: um friso cromado na parte superior da região da placa também servia como base para as lanternas.
Elas mantinham os elementos circulares em duas partes inspirados nos esportivos da Chevrolet. Mas dessa vez o muso inspirador era o Camaro, que trazia elementos mais quadrados. O para-choque não trazia refletores nem escape aparente.
Essa curta geração do Cruze sobreviveu somente até 2016 quando foi substituído pelo modelo global. A versão Classic saiu de linha no mesmo ano, fazendo com que as versões mais baratas do novo modelo a substituíssem. Por isso que a obscura segunda geração foi vendida única e exclusivamente na China. Mas poucos se lembram dele.
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