Nesta semana, o Honda NSX que pertenceu a Ayrton Senna foi colocado à venda. Embora o veículo anunciado tenha um grande valor sentimental, afinal, Senna era o dono do carro, a relação entre o brasileiro e o NSX vai além disso. Isso porque Ayrton não só ajudou no projeto do primeiro supercarro da Honda, como salvou o NSX de ser uma porcaria sobre rodas.
Quando a Honda estava prestes a lançar o NSX, no começo dos anos 1990, Senna já tinha um prestígio enorme dentro da marca japonesa. A relação começou em 1987, quando ele ainda pilotava pela Lotus, mas que utilizava os motores da Honda naquele ano.
Depois, em 1988, Honda e Senna mudam para a McLaren, e o brasileiro conquista seu primeiro título mundial. Ayrton foi vice em 1989, naquele polêmico GP do Japão, mas voltou a ser campeão em 1990 e 1991. Ou seja, os japoneses se tornaram tão devotos de Senna quanto os brasileiros.
Honda e seu supercarro
Paralelamente a isso, McLaren e Honda trabalhavam, cada uma delas, em seus supercarros. A McLaren lançaria o F1, que se tornaria o carro mais rápido do mundo naquela altura, sendo até hoje o carro aspirado mais potente de todos os tempos. Enquanto isso, a Honda desenvolvia o NSX, mas com uma outra proposta. Ele brigaria com o Porsche 911 e os modelos de entrada da Ferrari em desempenho, mas custando menos.
Como a Honda tinha um bom relacionamento com o maior piloto da época, o jeito foi chamar Senna para andar no NSX, para saber qual seria a opinião dele sobre o carro. Bem, acontece que o feedback não foi o melhor.
Senna disse que a primeira versão do NSX torcia demais a carroceria. Era como andar em uma caixa de sapato sem a tampa. Ayrton então passou a participar mais efetivamente do projeto, o que gerou um dos vídeos mais famosos do piloto com o carro.
Em Suzuka, Ayrton Senna pilota o Honda NSX de roupa social e com um mocassim marrom e meias brancas. Enquanto guia de maneira magistral, é possível ver o piloto fazendo o punta-tacco com seu icônico sapato, um vídeo que ficou eternizado.
Outros testes
Porém, Ayrton ainda participou de diversos outros testes, fazendo uma bateria longa de cinco dias para ajudar no acerto de suspensão do supercarro. Ele ainda guiou o carro em Nürburgring Nordschleife, e outros pilotos também participaram do desenvolvimento, como Bobby Rahal e Satoru Nakajima.
Graças a este envolvimento do brasileiro e dos demais pilotos, o Honda NSX se tornou uma lenda, sendo produzido de 1991 a 2005 em sua primeira geração. O supercarro sempre utilizou um motor V6, que era 3.0 nos primeiros anos, com 274 cv, e depois passou a ser um 3.2, de 294 cv.
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