Além de ter deixado de fabricar carros no Brasil, a Ford cancelou três projetos de enorme importância que poderiam ter salvo a planta da Bahia. Em desenvolvimento aceleradíssimo, a marca tinha a terceira geração do EcoSport, um SUV cupê e um rival para Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e VW Taos.
Os três modelos seriam construídos sobre a mesma plataforma e fabricados em Camaçari, na Bahia – fábrica hoje que pertence à BYD. O primeiro a ser lançado seria o novo EcoSport. O SUV compacto migraria para a terceira geração muito mais focado no mercado brasileiro do que antes.
Na tentativa de tornar o EcoSport global, a Ford tentou agradar a muita gente e acabou não agradando a ninguém. O modelo era apertado demais, menor do que deveria e tinha acabamento ruim. A nova geração cresceria a ponto de bater de frente com SUVs compactos de maior porte, como Honda HR-V e Hyundai Creta.
O EcoSport mk3 perderia o estepe na traseira, pela primeira vez na história. Além disso, o modelo teria acabamento mais sofisticado e era cotado para ter motores turbo. A Ford havia aprendido a lição e não usaria mais transmissão automatizada de dupla embreagem Powershift em nenhum carro nacional.
Andar superior
Por conta da busca por maior lucratividade, a Ford planejava investir em carros mais sofisticados. Isso resultaria em novos SUVs acima do EcoSport. Um dos modelos mais desejados era o SUV cupê derivado do Eco. Ele seria posicionado logo acima, fazendo uma ponte entre modelos cupê e médios.
Os planos previam vários compartilhamentos de peças e componentes com o primeiro SUV compacto brasileiro. Contudo, o visual do SUV cupê seria substancialmente diferente para que os dois modelos não se confundissem. A inspiração era a dos Renault Arkana e Captur europeus, que usam mesma base, mas são bem diferentes.
A cereja do bolo era um SUV médio, pensado para brigar com o Jeep Compass. Muito do desenho do modelo foi parar no , incluindo os faróis divididos e as telas integradas, segundo uma fonte ligada ao projeto. Ele seria fabricado no Brasil para ajudar a dar volume para a Ford e aumentar a lucratividade.
Mas e o Ka?
Havia um plano também para reestilizar o Ka pesadamente, mas mantendo sua plataforma e parte da estrutura. Era, basicamente, o que a Hyundai fez com o HB20 ao mudar de geração. Contudo, como a lei da Ford era só fazer SUVs e picapes, e a marca buscava mais lucro, era um projeto tocado secundariamente e sem prioridade, com risco de cancelamento.
Acha que a Ford teria sobrevivido no Brasil com esses modelos? Conte nos comentários.
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