Nesta semana, a Volvo anunciou uma importante mudança em seu sistema de carregamento de carros elétricos. Anteriormente, todo eletroposto Volvo era de uso gratuito para clientes de todas as marcas. Só que o extensivo uso de carros da fez com que a marca sueca acabasse com a festa. Mas, de quem é a culpa?
Atualmente, a marca que mais vende carros elétricos no Brasil é a BYD, especialmente depois do lançamento do Dolphin e do Dolphin Mini. Contudo, a chinesa não investia muito em carregadores. Recentemente, a marca revelou que terá 600 eletropostos no Brasil feitos em parceria com a Raizen, incluindo um ultrarrápido de 210 KW.
Entretanto, até o momento, o investimento da BYD em carregadores elétricos foi baixo até agora. Em Campinas, interior de São Paulo, onde fica a sede da marca, os primeiros carregadores públicos gratuitos da cidade foram instalados pela BYD. Só que vários já foram desativados e outros estão quebrados.
Investiu para todos
Por outro lado, a Volvo já tem instalados 52 carregadores, pretende ter 101 ao todo do tipo rápido e vai investir R$ 70 milhões no Brasil. Só que, para isso, agora donso de carros que não são da Volvo passarão a pagar R$ 4 por kWh na hora de abastecer seus carros elétricos. E por que a BYD foi citada? Pois 47% dos carregadores Volvo são usados por modelos BYD.
A marca revelou que verdadeiramente Volvo, só 24% dos carregadores são utilizados. Depois, em terceiro lugar, temos a GWM com 13% em carregamentos divididos entre o Ora 03 e o Haval PHEV. A BMW e a CAOA Chery tem 2% do uso dos carregadores para cada uma, enquanto demais marcas representam 12% da ocupação mensal dos carregadores da Volvo.
Cautela?
Vale ressaltar que a CAOA Chery até hoje investiu pouco em carregadores públicos para serem usados em seus carros, enquanto a BMW tem wallbox potentes em shoppings e comércios parceiros, além de algumas empresas. Porsche e Audi fizeram parceria para entregar mais carregadores, enquanto Stellantis e Mercedes mal investem em estrutura.
Ou seja, estamos enfrentando atualmente um problema de que poucas marcas investem verdadeiramente em instalação de carregadores rápidos ou ultrarrápidos no Brasil, enquanto várias marcas se preocupam somente com carregadores de shopping. Enquanto as que mais vendem, só parecem ter acordado agora para a falta de estrutura do país.
Você acha que a marca que vende carro elétrico no Brasil também é obrigada a instalar carregadores? Conte nos comentários.