É algo bastante gratificante quando vemos projetos de carros brasileiros sendo vendidos também lá fora. Às vezes até nos lamentamos porque a versão gringa fica melhor que a nossa, mas ainda assim é um carro brasileiro que ganha o mundo. E o caso mais recente disso é o Citroën C3 Aircross.
Desenvolvido em parceria entre o time de design e engenharia da Stellantis do Brasil e da Índia, o modelo é o segundo carro do projeto C-Cubed, que começou com o C3 e será finalizado com o Basalt. Só que o Aircross já está rendendo filhos pelo mundo, especificamente dois herdeiros na Europa.
Neste mês, a Stellantis revelou os dois filhos do Aircross brasileiro: o Opel Frontera e o Citroën C3 Aircross europeu. Apesar de propostas parecidas, eles tem visual bem diferente, mas não negam as origens do SUV de sete lugares brasileiro, mostrando que a Opel caminha cada vez mais para ser uma marca genérica dentro do grupo Stellantis.
Quase Chevrolet
O nome Frontera não é novo dentro da Opel, mas nunca batizou um modelo original da marca. Em 1989, a Opel, que ainda pertencia à General Motors, se associou à Isuzu (que era parceira do grupo) para o desenvolvimento de um novo SUV de porte médio e real haptidão off-road.
Assim surgiu o Isuzu MU e o Opel Frontera. Os dois foram vendidos entre 1989 e 2004 em vários países, inclusive nos EUA como Honda Passport e Chevrolet Rodeo em alguns locais. A segunda geração surgiu em 1998 como uma evolução do design do modelo anterior, trocando o nome Isuzu de MU para Amigo, Wizard ou Rodeo, dependendo do mercado.
Agora, ele volta como um Citroën C3 Aircross que fala alemão. Ele, inclusive, é o primeiro carro da marca que não conta com peças compartilhadas com modelos da Chevrolet, visto que o recente Mokka e o Corsa ainda tem hastes de seta e botões do console iguais aos do Cruze e do Onix.
Na dianteira, o capô e o para-lama são iguais aos do Aircross, mas a frente é completamente diferente. Os faróis em L são conectados por uma barra preta, que faz parte da identidade visual da Opel. O para-choque tem abertura de ar trapezoidal e desenho mais limpo que o do Aircross.
Em relação ao SUV brasileiro, ele ganha maçanetas tipo alça e melhorias em segurança. Na traseira, o design é marcado pelas lanternas divididas em duas partes com desenho horizontal. O para-choque tem área em preto maior que do Citroën. Já a cabine é bem moderna, com painel digital enorme conectado à central multimídia.
Evolução francesa
Para migrar para a Europa, o Citroën C3 Aircross passou por mudanças drásticas e fortes. É bem provável que essas novidades possam pintar no modelo brasileiro em sua primeira reestilização. Enquanto isso não acontece, só ficamos babando no que poderíamos ter, mas não temos.
Na frente, o C3 Aircross europeu traz faróis full-LED em C conectados por uma barra horizontal preta. A parte interna dessa barra tem frisos que lembram o logo da Citroën. Por falar em logo, ele agora é um oval. O para-choque tem linhas mais fortes e marcadas, mas a parte inferior lembra bastante o nosso C3 Aircross.
Olhando para a traseira, é possível ver as evoluções do Aircross europeu em relação ao nosso. As lanternas em C são de LED com desenho levemente diferente. A tampa do porta-malas é igual ao nosso, mas o nome Aircross vem ao centro, não junto de C3 como é aqui. O logo da Citroën novo também está lá, assim como para-choque alterado.
Qual dos filhos do Citroën C3 Aircross você levaria para casa, se pudesse escolher? Conte nos comentários.
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