Na indústria musical, costuma-se chamar um artista que fez só uma música de sucesso de one hit wonder. No universo dos carros, não há um termo idêntico para isso, mas alguns modelos foram como os artistas one hit wonder e só tiveram uma geração de sucesso – ao menos no Brasil.
Por isso, selecionamos aqui cinco carros que foram vendidos no Brasil somente em uma geração. Alguns deles tiveram sucessores, outros não. E há apenas um caso em que houve uma geração diferente para o modelo da lista, mas que nunca foi vendida em nosso país.
Fiat Stilo
A Fiat tem um costume bem italiano de substituir seus carros ao invés de criar novas gerações. Foi assim que sua linha de carros médios seguiu a linha cronológica com Strada (não a picape) substituído pelo Tipo, aposentado em favor do Bravo, depois pelo Stilo, que deu seu lugar ao Bravo de novo e que hoje tem o Tipo novamente como representante.
Enquanto Tipo e Bravo tiveram uma segunda chance e Strada hoje é o nome de uma picape, o Stilo nunca voltou ao mercado. No Brasil, o modelo chamava atenção pelo estilo (perdão pelo trocadilho) diferenciado, ótimo acabamento e teto solar Sky Window – que vivia travando, mas era belíssimo.
Chevrolet Zafira e Meriva
O caso das irmãs Meriva e Zafira é bastante curioso. A Zafira é um projeto original da Opel, com ajuda da Porsche no desenvolvimento da terceira fileira de bancos. Já a Meriva, nasceu na Chevrolet do Brasil, mas teve ajuda da Opel para finalização. Ambas tiveram uma segunda geração lá fora (a Zafira teve três), mas aqui não.
Os dois carros foram substituídos pela Spin, que adotou versões de cinco e sete lugares para tomar as duas pontas do segmento de minivans. As vendas da Spin já foram melhores, mas hoje ela é a única minivan produzida no Brasil. Temos ainda a , mas ela é de porte grande, importada, cara, mas muito divertida de dirigir.
Fiat Idea
Ainda que a Fiat Idea tenha sido um dos carros internacionais da Fiat que teve sobrevida no Brasil, ela não teve uma segunda chance. A minivan compacta teve só e somente uma geração e ficou por isso mesmo. Lá fora ela foi substituída pela 500L, minivan inspirada no subcompacto 500, enquanto aqui no Brasil nada entrou em seu lugar.
A Idea foi produzida de 2003 a 2012 na Itália, enquanto no Brasil sua fabricação durou de 2015 a 2016. Já na Argentina, ela foi feita entre 2005 e 2018. Vale lembrar que a reestilização pesada feita em 2010 nunca foi oferecida na Europa, assim como a variante aventureira Adventure, que tinha estepe pendurado na traseira.
Honda WR-V
Único carro da Honda desenvolvido no Brasil, o WR-V não passava de um Fit aventureiro com frente e traseiras com visual mais feio. Ele ia relativamente bem nas vendas, conseguindo emplacar mais unidades que o Fit em seus últimos anos. Vendido também na Índia, ele segue firme e forte por lá, inclusive com uma reestilização recente.
Além de seguir em linha na Índia, a Honda apresentou no final do ano passado na Indonésia um novo WR-V. O modelo não tem relação alguma com o nosso WR-V, sendo dois carros totalmente diferentes. Trata-se de um SUV de baixo custo derivado do sedã subcompacto Amaze e oferecido somente no sudeste asiático.
Volkswagen Bora
Desde a primeira geração do Golf, ele conta com uma versão sedã. Durante as duas primeiras encarnações, o modelo era chamado de Jetta, nome que mudou para Vento na terceira geração e que foi alterado para Bora na quarta. Especificamente esse modelo que iniciou o caminho do Golf sedã no Brasil.
Globalmente, a quarta geração do Golf “com bunda” foi chamada de Bora, exceto na África do Sul e América do Norte, onde ele sempre manteve o nome Jetta. Curiosamente, nessa época a Volkswagen produzia as peruas Bora Variant e Golf Variant, que eram idênticas, exceto a dianteira. Hoje o nome Bora é usado na China por um equivalente do Virtus.
Que outro carro amado só teve uma geração e você se lembra? Conte nos comentários.
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