A Fiat Titano foi apresentada nesta semana, mas se engana quem pensa que ela é a primeira caminhonete média da marca italiana. Em 2015, a Fiat Fullback foi revelada, sendo a pioneira. No entanto, a estratégia utilizada foi a mesma. Se a Titano é derivada da Peugeot Landtrek (que já é derivada da chinesa Kaicene F70), a Fullback era uma Mitsubishi L200 Triton com roupa de Fiat.
Não é de agora que a marca italiana sonha em ter uma picape média. Há muitos anos diversos rumores diziam que a Fiat teria uma caminhonete rival de Toyota Hilux e afins, mas isso nunca saia do papel. Como criar esses veículos é algo caro, algumas marcas decidem se unir para compartilharem os custos do desenvolvimento.
Por isso, em vez de criar a Fullback do zero, a Fiat optou por bater na porta da Mitsubishi e perguntar se não havia interesse em uma parceria. Os japoneses toparam, e em 2015 nasceu a L200 Triton italiana. Apesar dos logotipos diferentes, basta olhar para a picape para ver que se trata da caminhonete da Mitsubishi.
Fracasso da Fiat Fullback
Evidentemente que nunca testamos uma Fiat Fullback, mas por ser uma L200 Triton com logo trocado, é possível afirmar que ela era uma boa picape. Mesmo assim, as vendas foram bem baixas, e olha que o modelo foi ofertado em vários mercados: Europa, Oriente Médio, África e países da América do Sul, como Chile, Bolívia e Paraguai, receberam a caminhonete.
Porém, os números sempre foram muito abaixo da expectativa. E vale lembrar que a Ram também teve sua versão da picape, a Ram 1200, que foi vendida em países árabes. O conjunto mecânico era sempre o mesmo da L200 Triton: motor 2.4 turbo diesel com potência entre 150 cv e 180 cv, dependendo da versão. O câmbio poderia ser manual de seis marchas ou automático com cinco velocidades, além da opção de tração 4×4.
A Fullback teve vida curta, durando apenas entre 2015 e 2019. Segundo a Fiat, o fim da caminhonete foi por conta das regras de emissão mais duras na Europa, mas as vendas abaixo do esperado contribuíram, e muito, para o fim da caminhonete.
Agora com a Titano em linha, a Fiat espera não ter a mesma decepção. Resta saber como o mercado vai abraçar essa nova caminhonete média, que aposta em uma relação custo-benefício mais atraente que a de algumas rivais.
Lembra da Fiat Fullback? Deixe um comentário com sua resposta.
>> Chery coloca Fiat na mira em nova expansão
>> As 5 caminhonetes diesel mais baratas do Brasil
>> 5 carros ruins que melhoraram depois de um tapa