Uma mentira contava várias vezes e de maneira contundente às vezes parece se transformar em verdade. Em tempos de fake news, é preciso combater a desinformação com verdades. Por isso, reunimos aqui cinco grandes falácias que te contam sobre carros e por que elas não passam de histórias que fariam o nariz de Pinóquio crescer.
Boa parte do que está relatado aqui é difundido há anos e muitos a tomam como verdade, mesmo que o cenário tenha mudado. E repare: sempre que uma postagem na rede social ou uma conversa é iniciada envolvendo alguma das marcas ou situações aqui citadas, essas histórias sempre aparecem.
Carros franceses têm manutenção muito cara
O tempo em que os carros franceses tinham manutenção cara e complicada, em especial destaque para Peugeot e Citroën, já foi. Hoje as marcas francesas do grupo Stellantis têm bom atendimento na concessionária, comparável à boa fama de , Honda e Toyota. Além disso, o preço está dentro da realidade do mercado e até abaixo das rivais.
Exemplo disso é que o Citroën C3 Aircross tem custo de revisão das três primeiras paradas de R$ 2.214, enquanto a Chevrolet Spin no mesmo período custa R$ 2.128, praticamente igual. Outro exemplo é o Peugeot 208, que sai por R$ 2.172 fazer as três primeiras revisões contra R$ 1.851,27 do Hyundai HB20.
Carros japoneses não quebram
Todo carro quebra, isso é um fato. Não adianta rodar 200 mil km com um Toyota Corolla ou um Yaris sem fazer as revisões periódicas ou só trocar o óleo (sem trocar filtro). Muita gente fez isso e hoje muitos japoneses dos anos 2000 se encontram em estado deplorável. É preciso fazer a manutenção em dia. É fato de que os carros nipônicos têm um cuidado extra na engenharia e seus carros são mais confiáveis. Mas se não cuidar, é óbvio que vão quebrar.
Quanto maior o motor, melhor
Até hoje muitos dizem que motor 1.0 não presta por ser pequeno e sem força. Contudo, a grande maioria dos SUVs compactos utiliza motor 1.0 três cilindros turbo no lugar dos antigos motores 1.6, 1.8 e até 2.0. Veja como exemplo: a Fiat substituiu o antigo 1.8 E.Torq pelo novo 1.0 três cilindros turbo.
O motor usado pelo Argo contava com 139 cv e 19,3 kgfm de torque. Já o turbo do Pulse tem 130 cv e 20,4 kgfm de torque. Segundo o INMETRO, mesmo sendo mais pesado, o Pulse turbo faz 8,5 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada com etanol. O Argo faz 6,6 km/l e 8,6 km/l nas mesmas condições. E o 0 a 100 km/h chega 1 segundo antes no turbo. Só benefícios.
Precisa de protetor de cárter
Toda vez que um carro novo é comprado na concessionária, rapidamente o time de acessórios tenta empurrar o protetor de cárter. Mas já pensou que se a marca não oferece o equipamento como item de série é porque ele não é tão necessário assim? Protetor de cárter, hoje, só tem serventia real em um carro off-road.
Para andar na cidade, ele só adicionará mais peso e comprometerá a segurança. Afinal, os carros modernos são projetados para jogar o motor no chão em caso de batida, para evitar o peso extra sendo arrastado para a cabine. Um protetor de cárter impossibilita essa função e pode piorar a deformação em caso de acidentes.
Fiat tira carros de linha muito rápido
Ao contrário de muitas marcas que mantém os mesmos carros por anos, mudando apenas de geração, a Fiat tem o costume de mudar de nome a cada novo ciclo. Isso fez com que muita gente acredite que a marca italiana tira todos os seus carros de linha rápido demais. O que é uma enorme mentira.
O Palio durou 14 anos na mesma geração, o Doblò se manteve por 20 anos e o Uno teve uma primeira carreira com 29 anos e a segunda geração permaneceu por 11 anos. No segmento de médios é que a troca é mais constante, mas durando o mesmo tempo que seus rivais. O Bravo durou de 2010 a 2016, mesmo tempo que o Ford Focus de terceira geração (2013 a 2019).
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