Atuar no Brasil não é fácil, já que diversos fatores influenciam na atuação das marcas no mercado brasileiro. Por isso, o Auto+ listou cinco marcas de carros que fugiram do Brasil. Algumas faliram de vez, outras foram compradas por marcas maiores, enquanto outras lutam para sobreviver milagrosamente. Conheça agora as cinco marcas que desistiram do Brasil.
Lifan
Em processo de falência na China e com produção em suas fábricas interrompidas há um certo tempo, a Lifan deu adeus ao Brasil de maneira melancólica. A marca vendia, em 2020, restos de estoque 2018 e negava a todo custo que sairia do país. As concessionárias viraram revendas de usados porque não tinham mais carros 0km para vender.
Mas pouco depois, a Lifan admitiu que estava deixando o Brasil e, coincidentemente, o processo de recuperação começou na China. A Geely, dona da Volvo, se ofereceu para comprar a Lifan e parte de sua tecnologia. Mas o negócio não pareceu suficiente para ressuscitar a marca. Seu último lançamento foi o SUV médio X70 em 2018.
Lada
Dizem as más línguas que a Lada veio ao Brasil com apenas um navio de carros e nunca mais trouxe nada. A marca russa conhecida também como AvtoVAZ deixou de ser saudável financeiramente depois da alta do dólar no começo dos anos 2000 e passou a operar somente na sua terra natal e em alguns países da Europa ocidental.
Isso foi visto como uma oportunidade para a Renault, que de 2008 a 2016 foi comprando a Lada aos poucos. Novos modelos surgiram e a Lada começou a se tornar global de novo. Contudo, em 2020 por conta da Guerra, a Renault vendeu a marca de volta ao governo por centavos. Hoje, ela voltou a produzir um carro com tecnologia de 1996.
Daewoo
Apesar de produzir uma imensidão de produtos que vão de televisões a escavadeiras, a Daewoo como fabricante de carros está morta desde 2011. A marca chegou a atuar no Brasil entre os anos 1980 e o final dos anos 1990, mas como faliu em 1999, precisou fazer suas malas e sair.
Só que ela sobreviveu até 2011 por conta da General Motors. A Daewoo foi adquirida pelo grupo americano e passou a responder como GM Korea. Ela foi responsável pelo desenvolvimento de diversos carros globais como os Chevrolet Sonic, Beat e a primeira geração do Cruze. Virou Chevrolet Coreia do Sul em 2005, matando o nome Daewoo.
Smart
Criada pela Mercedes-Benz e pela fabricante de relógios Swatch, a Smart nasceu quase como um objeto de moda. A ideia era criar um carro elétrico minúsculo e de baixo custo, mas o ForTwo acabou nascendo como um modelo a combustão, muito seguro e não tão econômico assim. Mas virou moda.
A Smart nunca foi muito bem das pernas, afinal era uma marca de nicho. Pediu ajuda à Mitsubishi para fazer a primeira geração do ForFour e quase fez no Brasil o SUV ForMore. Na terceira geração do ForTwo, a marca teve ajuda da Renault. Contudo, se virou totalmente para eletricidade em 2019 e quase faliu. Só foi salva porque a Geely comprou metade da marca pertencente à Mercedes.
SsangYong
Comprada pela Mahindra (outra que desistiu do Brasil) em 2010, a SsangYong se tornou uma grande pedra no sapato da marca indiana. A Jeep da Coreia do Sul não dá lucro e não consegue recuperar mercado. Tentou por duas vezes vender seus carros no Brasil e não obteve sucesso em nenhuma tentativa.
Mesmo que durante anos a SsangYong adorava se vangloriar do fato de que usava motores Mercedes-Benz em seus carros, colocando o logo da marca alemã na traseira em um adesivo. Hoje tenta se recuperar investindo forte em eletrificação e recentemente mostrou o novo SUV Torres. Mas se alguém oferecer uma boa grana à Mahindra pela SsangYong, ela vende.
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