Carros com vidas longevas tendem a ter diversas gerações. Muitas vezes isso é prova de seu sucesso, mas também pode ser a sina deles. Como não dá para acertar sempre, algumas marcas dão aquela escorregada durante uma geração, que se torna a odiada e rejeitada pelo mercado.
Por isso, selecionamos aqui cinco amados pelos brasileiros, mas que tiveram uma geração tão polêmica que chega a ser odiada pelos fãs. Em geral, esses modelos são mais desvalorizados que a média. Tanto que é comum a geração anterior desses carros valer mais que a variante atualizada polêmica.
Volkswagen Gol G4
Ainda que a Volkswagen , o Gol G4 (2005 a 2014), na realidade, era a segunda geração do modelo reestilizada pela segunda vez. Como o Gol G3 ainda é tido como o mais querido de todos os tempos, dá para fazer essa separação. Justamente porque o G4 é considerado um dos piores modelos feitos pela marca alemã.
O grande problema do Gol G4 é que ele precisou empobrecer para abrir espaço para outros carros da Volkswagen. Polo e Fox já estavam no mercado quando ele surgiu, obrigando o modelo a adotar acabamento bem mais simples. Os plásticos do interior tinham qualidade aquém do esperado e o painel minúsculo eram seus maiores pontos de crítica.
Chevrolet Vectra “Astra”
Ainda que tenha vendido bem e cumprido seu papel no mercado nacional, a grande maioria dos fãs da Chevrolet não perdoa a última geração do Vectra. O modelo, na realidade, era um Astra de terceira geração. Mas que foi vendido em nosso país como Vectra. Inclusive a versão hatch, que o Vectra nunca teve em sua forma original, foi oferecida aqui como GT.
A questão é que o Opel Vectra de verdade ficou grande demais para entrar na categoria dos carros médios. Como o Astra ainda fazia sucesso e tinha recebido uma reestilização recente para o nosso mercado, fazia sentido trazer a nova geração como um modelo superior. Daí a ideia de usar o nome Vectra. Funcionou, mas os fãs olham torto para ele até hoje.
Peugeot 207
Enquanto o Peugeot 206 foi o responsável por formar a imagem da marca francesa e ser reconhecido como um dos hatches mais divertidos dos anos 1990, o 207 fez o contrário. Parte foi culpa dele, que recebeu suspensão com recorrentes problemas e bem mais macia que a do 206, o que comprometia sua então dirigibilidade.
Outra culpa foi da própria PSA, que na época não estava bem. A marca francesa tinha manutenção cara e deficitária, desvalorizava seus próprios carros na hora da troca e tinha modelos com problemas mecânicos constantes. Vale lembrar, no entanto, que após o 208, a PSA fez um esforço gigantesco para mudar todos esses paradigmas. E conseguiu com louvor.
Fiat Palio fase 4
Durante o ciclo de vida natural do Fiat Palio, toda vez que uma reestilização era feita, imediatamente o modelo anterior se tornava o Fire. Foi assim até o quarto Palio surgir em 2008. Quando a nova geração apareceu em 2011, a Fiat deveria ter pego o modelo anterior e transformado em Fire, mas manteve o visual de 2004 no modelo mais barato.
A culpa foi da transformação de estilo abrupta e das vendas em baixa. O Palio Fire vendia bem mais que o modelo regular. Para tanto, a Fiat em um ano mexeu na frente do hatch ao adotar os faróis de dupla parábola do Siena. A traseira truncada não agradou e em 2012 esse visual foi descontinuado. Ele também foi empobrecido por conta da estreia de outros carros como o Punto.
Toyota Corolla europeu
Antes de começar a ser produzido no Brasil em 1998, o Toyota Corolla teve, durante um ano, uma geração um tanto quanto complicada. Ao trocar o visual mais careta do modelo norte-americano, quando a oitava geração do sedã médio foi lançada por aqui, a marca japonesa decidiu trazer o modelo europeu.
O problema estava no estilo mais ousado com faróis redondos e seta separada. Nem mesmo a grade frontal sorridente foi o suficiente para convencer os brasileiros de levar esse Corolla para casa. A traseira com lanternas coloridas também não ajudava muito. Ao adotar o estilo japonês mais careta, ele ganhou o coração dos brasileiros.
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