Produzir e desenvolver carros é um processo árduo e trabalhoso. Nem todas as marcas conseguem um resultado final satisfatório, mesmo com muito dinheiro gasto e horas de trabalho investido. Uma ideia não tão bem planejada, uma execução complicada ou quebra de tradições, vez ou outra, levam ao fracasso.
Em casos tão graves, algumas fabricantes preferem enterrar seu passado e começar tudo novamente. Por isso, selecionamos aqui cinco carros que foram fracassos tão grandes, que as marcas decidiram fingir que eles nunca existiram.
Troller Pantanal
Um dos casos brasileiros mais emblemáticos foi a Troller Pantanal. Primeiro (e único) dos carros da Troller que não era o T4, a picape deveria ser o novo passo na história da marca nacional. Com expectativa de vender 1,2 mil unidades por ano em 2008, ela teve apenas 77 unidades comercializadas e depois todas destruídas.
O problema é que, pouco depois de comprar a Troller, a Ford percebeu que o chassi da Pantanal poderia rachar ao meio e se partir com o carro em movimento. A Ford decidiu recomprar todas as unidades e as destruir. Quem insistiu em ficar, teve de assinar um documento isentando a Ford de qualquer problema relacionado ao carro.
Jeep Compass (1ª geração)
Quem vê o Jeep Compass em toda sua glória e esplendor como rei dos SUVs médios, mal se lembra do passado dele. A primeira geração foi uma enorme dor de cabeça para a Jeep e motivo de indignação para muitos compradores, que o consideram até hoje o pior carro que a marca já fez.
Ele nasceu com plataforma de Mitsubishi Lancer, motores 2.0 e 2.4 fracos demais e beberrões, além de um câmbio CVT confuso. O visual não casou muito bem com a carroceria estilo minivan. Além disso, tinha interior com acabamento péssimo. A cabine melhorou em 2011 e a dianteira recebeu faróis de Grand Cherokee, mas ainda era mal falado.
Jaguar X-Type
Ainda que tenha sido produzido por nove anos e ser um dos carros da Jaguar mais vendidos do mundo até hoje, o X-Type provocou uma mancha enorme no currículo da marca inglesa. Rompendo com tradições da marca, o X-Type não passava de um Ford Mondeo mais chique e caro. A economia era tanta, que haviam diversas peças do Mondeo por dentro, além da mecânica.
Ele não tinha a essência da marca, ainda que o visual fugisse de um Ford. Audi A4 e VW Passat também compartilham diversos elementos e plataforma, mas tudo foi pensado primeiro com o Audi em mente, depois o Volkswagen. No caso do Jaguar X-Type e do Ford Mondeo, foi o contrário.
Nissan Murano Cross Cabrio
Considerada uma das maiores ideias de jerico da indústria automotiva, o Nissan Murano Cross Cabrio foi um fracasso enorme. Lançado em 2011, ele foi considerado um dos carros mais feios vendidos na época, ainda que o Murano SUV fosse um dos SUVs mais bonitos das ruas. O problema era como a Nissan executou a ideia.
Todo Murano conversível tinha cores pasteis metálicas na carroceria e interior branco. Não havia outra possibilidade. A carroceria não era firme o suficiente para lidar com a ausência de teto e o acabamento do tecido era ruim. No fim das contas, outros SUVs conversíveis tentaram a sorte, como Evoque Cabrio e T-Roc Cabriolet, mas nenhum deles decolou.
GM EV-1
Antes dos carros elétricos se tornarem algo rentável e verdadeiramente popular, a General Motors tentou a sorte com o EV-1. Produzido entre 1996 e 1999, ele era oferecido por locação por um tempo específico a alguns clientes, que reportavam sua experiência à dona da Chevrolet.
O problema foi que subitamente a GM decidiu recolher todos os carros e os destruiu. Algumas raríssimas unidades escaparam, mas a ideia do grupo era apagar todos os vestígios do que foi o EV-1. Isso até rendeu um documentário: “Who Killed the Electric Car?”, lançado em 2006 antes da popularização desse tipo de carro.
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