Conhecida por seus carros bons de dirigir e com a famosa cara de leão, a Peugeot tem um modelo bem especial guardado na memória: o 206. O hatch compacto nasceu no fim da década de 1990 e chegou arrasando quarteirão. Ele trouxe a marca um fôlego e fez uma revolução na vida da montadora no Brasil. Confira como foi sua história.

Apresentado ao público em 1998, o 206 era tido como o substituto do 205. O novo hatch trazia linhas mais arredondadas e amplas, o que auxiliava na visão do exterior. Inicialmente, a Peugeot queria apenas os modelos 106 e 306 no mercado internacional. Todavia, o segmento de hatches começava a bombar com força e aí nasceu o projeto do 206.

Seu desenho conta com assinatura do estúdio Pininfarina. Todo o conjunto do hatch chamava atenção do público em 1999, quando de fato foi lançado. Aliás, ele ainda chama atenção por onde passa. Na Europa, ele tinha versões com motor 1.1, 1.4, 1.6, 1.9 a diesel e até o 2.0. Eles sempre acompanhados do câmbio manual de 5 marchas. A primeira vez que deu às caras ao público brasileiro foi em 1999 também.

Chegada triunfal

No começo, o Peugeot 206 vinha importado diretamente da França. Ele veio em um lote pequeno, com cerca de 5 mil carros. Pouco tempo depois, já vinha da Argentina para cá. Mas, em 2001 passou a ser produzido na planta da PSA em Porto Real, no Rio de Janeiro. Nessa época, ele contava com o motor 1.0 emprestado da Renault. Ele rendia 70 cv e 9,5 kgfm de torque e tinha apenas câmbio manual de 5 marchas.

Seu design atrativo, lista de equipamentos completa para a época e para seu segmento foram os principais chamarizes do modelo. Pouco tempo depois, ganhou o propulsor 1.6 de 8 válvulas, o qual entregava 90 cv e 14 kgfm. Esse durou bastante, todavia foi substituído pelo 1.6 de 16 válvulas, que desenvolvia 110 cv e deixava o 206 bem espertinho.

O Peugeot 206 vinha para incomodar o Volkswagen Gol, Fiat Palio, Renault Clio, Ford Fiesta e mais modelos. Atraiu diversos clientes e deu um fôlego para a imagem da marca francesa por aqui. Em 2004, ele recebeu sua única reestilização. Ele recebeu faróis passam a contar com lente de policarbonato, as lanternas com novo desenho e o leão, símbolo da montadora, passa a ser maior na tampa do porta-malas.

No quesito motorização, ele perde a o motor 1.0 e passa a ter somente os 1.4 e 1.6. Lembrando que, o 1.4 passou a ser o propulsor da versão mais barata. Ele rendia 82 cv e 12,6 kgfm. A Peugeot o utilizou no marketing dessa mudança do hatch, pois ele tinha preço equivalentes aos modelos rivais 1.0, só que era mais potente. Também no começo dos anos 2000, a fabricante ofertou por aqui a versão CC, um conversível com teto rígido e elétrico.

Em 2005, o Brasil recebe o Peugeot 206 SW. Desse modo, quem queria um carro compacto levava o hatch e se o cliente precisava de espaço, podia optar pela perua. Aliás, ela ganhou a variante com pega off-road Escapade. No entanto, o 206 nunca teve uma versão sedã vendida aqui. Em 2007, ele recebia na variante Feline o temido câmbio automático AL4. Essa adoção foi com o objetivo de atrair mais compradores.

Foi aqui que o 206 Rallye, que estava no Brasil desde o lançamento do hatch, se despediu do nosso mercado. A Peugeot estava de olho nos jovens e lançou a versão Moonlight, a qual trazia de série um teto solar elétrico. Mas, tudo mudou a partir de 2008.

Substituto que fracassou

Faltando dois anos para virar a década para 2010, a marca francesa mostrou para a América Latina o 207. Ele nada mais era do que o 206 com dianteira e traseira completamente reformulados e que lembravam o modelo europeu. Como não era uma nova geração e tinha diversos problemas de construção, o 207 não emplacou por aqui. Tinha versão sedã, perua e até a caminhonete Hoggar foram vendidas, todas sem sucesso.

Mesmo assim, o Peugeot 206 era vendido em uma única versão e era mais em conta do que o 207. Em 2009, a planta de Porto Real produziu o último 206. O hatch compacto francês simpático saía de linha de forma definitiva. Com todos os seus feitos, o hatch entrou na história da marca e possui um lugar bem especial.

Entretanto, ele segue vivo, firme e forte no Irâ, onde é produzido até hoje com o mesmo visual de sua estreia. Além disso, o 207 brasileiro também é feito por lá e comercializado até com direito a teto panorâmico.

Você tem uma história com o 206? Já andou em um modelo desse? Conte nos comentários

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