É inevitável: o Fusca é um dos carros mais aclamados mundo afora e dono de uma história ímpar. Para se ter ideia, o “besouro” teve mais de 21,5 milhões de unidades produzidas em todo o mundo até 2003, quando oficialmente foi aposentado no México. Mas e aí, você saberia dizer quais as versões do Fusca que marcaram época? Elencamos nesse dia 20 de janeiro, Dia Nacional do Fusca, quatro modelos que tiveram uma bela história por aqui, mas você também pode dar seu palpite nos comentários.
Fusca pé de boi
A versão mais “pelada” do Fusca se tornou uma das mais valiosas até hoje: é o Fusca pé de boi. Essa configuração foi fabricada pela Volkswagen entre 1965 e 1966 (de 1967 a 1968 foram feitas unidades exclusivas à frotistas), ou seja, por apenas um ano, já que não foi sucesso de público. Em relação ao Fusca normal, ele perdia os cromados nos para-choques, agora brancos, deixando de lado também itens triviais como luzes de direção nos para-lamas e até os retrovisores.
Na cabine, havia painel de instrumentos formado apenas por um velocímetro, deixando de lado também rádio, regulagem do encosto do banco, saídas de ar do painel e tampa do porta-luvas. Já o motor tinha 1,2 litro que gerava 36 cv. Estima-se que apenas 3 mil unidades foram produzidas, sendo que algumas dessas foram descaracterizadas por serem equipadas por seus donos ao longo dos anos.
Fusca 1600 S (Bizorrão)
O fusca nunca foi sinônimo de desempenho, mas sim de um carro de mecânica simples e confiável. Mas em 1974 a Volkswagen decidiu lançar o Fusca 1600S, também chamado em terras tupiniquins de “Bizorrão”. Essa foi a primeira (e única) versão esportiva do modelo, que trazia “pendurado” na traseira um motor boxer 1.6 com dois carburadores que gerava 65 cv e 12 kgfm de torque, sempre equipado com câmbio manual de quatro marchas. De 0 a 100 km/h ele fazia em aproximadamente 16,5 segundos — números expressivos para a época.
Visualmente, os destaques eram as rodas largas de 14 polegadas e tomada de ar preta (com logo 1600S) no capô traseiro — que garantia um toque de esportividade ao “Bizorrão”. Por dentro, o destaque era o novo volante de três raios Walrod, alavanca de câmbio curta e instrumentação que contava com conta-giros, relógio, termômetro de óleo e amperímetro.
Fusca Baja
Você com certeza já deve ter ouvido falar sobre o nome Baja. O modelo surgiu na década de 1970 na Califórnia (Estados Unidos) como uma versão adaptada para enfrentar locais como dunas e trilhas off-road, com o nome derivando da conhecida corrida Baja 1000 (a Volkswagen patrocinou uma equipe na competição em 2017). Para um Fusca Baja ser caracterizado como tal, ele tem que ter adaptações como: para-lamas recortados (ou trocados por peças menores), barras de proteção na dianteira e traseira e retirada da tampa do motor para melhor arrefecimento. A suspensão também tem a altura elevada e os pneus são trocados por modelos off-road para o valente Baja enfrentar os obstáculos mais desafiadores.
Fusca Itamar
Ele ressurgiu das cinzas como uma fênix. Não estamos falando do Pontiac Trans-am, mas sim do Fusca que em 1993 voltou a ser fabricado pela Volkswagen, isso, por conta do apelo do até então presidente Itamar Franco — que almejava um veículo acessível para o povo no mercado nacional. O Fusca “Itamar” tinha poucas evoluções em relação ao modelo original, como para-brisa laminado, pneus radiais e catalisador. Visualmente ele tentava ter a aparência “moderninha” ao adotar para-choques da cor do carro, adesivo verde amarelo no lugar do friso lateral e escapamento único do lado esquerdo.
Por dentro, ele adotava volante espumado, cintos dianteiros de três pontos e bancos com apoio de cabeça, além de trazer novo acabamento interno. Quando saiu de linha em 1996, o Fusca Itamar tinha vendido pouco mais de 46 mil carros.
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